8 de dezembro de 2013

Som na caixa de domingo

#dicadedomingo: "Vida" de Chico Buarque para curtir... já pensando na segunda-feira.



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29 de novembro de 2013

Sorte no kit



A sorte é engraçada, quando a gente menos espera ela sorri.
Hoje é dia de comer nhoque!!







Segue o blog...com imagens #trevosdomeujardim. Boa sorte! Good luck!

23 de novembro de 2013

Café da tarde na padaria


EM COIMBRA

Ela morava perto da padaria em Coimbra. Era o dia de seu aniversário. Quando chegou no emprego, achou que os colegas esqueceram a data. Ninguém a cumprimentou, estavam quietos trabalhando em suas mesas. A manhã passou lentamente e todos saíram para o almoço. Só uma amiga a convidou para almoçar, quando estava saindo na porta. Ela topou, só encontraria a família à noite, num restaurante. A moça sugeriu um lanche na padaria. Quando se deu conta, estava lá e numa mesa estavam todos os colegas de trabalho. Todos mesmo, reunidos para almoçar com ela. Festa surpresa, nunca havia curtido algo parecido.
Depois do almoço, o café veio acompanhado com o bolo que ela mais gosta na padaria: bolo Floresta Negra. Uma perdição. O ambiente da padaria em Portugal é aconchegante, bom atendimento. O parabéns a você foi animado, ganhou presentes. Delícia de festa. Esse pequeno conto, encerra com a história da receita do bolo citado anteriormente.

Curiosidade: O Bolo Floresta Negra surgiu na região com este mesmo nome, na Alemanha. O segredo para deixá-lo irresistível é caprichar nas cerejas, tanto no recheio quanto na cobertura. A dica é deixar a massa bem molhada com a calda neutra. O sucesso é garantido, experimente esta maravilha!!!
Receita originária da Alemanha:


Massa
6 unidade(s) de clara de ovo em neve
6 unidade(s) de gema de ovo
150 ml de água
1 xícara(s) (chá) de açúcar
2 xícara(s) (chá) de farinha de trigo
8 colher(es) (sopa) de chocolate em pó
1 colher(es) (sopa) de fermento químico em pó
Recheio
500 ml de creme de leite fresco
3 colher(es) (sopa) de açúcar
quanto baste de essência de baunilha
quanto baste de chocolate meio amargo ralado(s)
quanto baste de cereja em conserva
Calda
1 xícara(s) (chá) de açúcar
2 xícara(s) (chá) de água
quanto baste de marasquino



Segue o blog...foto da padaria cedida pela leitora Flavia Carolina.

Sábado à noite no blog




 
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Café da manhã & Cia




Nas férias em Salvador, todo dia no café da manhã do hotel o mesmo pássaro se aproximava das mesas, em busca de migalhas no chão. Ele andava em torno da piscina e chegava bem perto da gente. Era preto e branco. Um pássaro da região, como temos os nossos aqui em Porto Alegre. Por curiosidade, perguntei ao garçon o nome dele: lavadeira.
Uma  breve descrição e imagem da lavadeira:

Lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta) também conhecida como Lavadeira, Maria-branca, Maria-lencinho, Bertolinha ou Pombinho-das-almas é uma espécie de pássaro sul-americana pertencente a família dos tiranídeos.
O seu habitat é, preferencialmente, junto a rios ou lagoas. Vem frequentemente ao chão, mesmo barrento, em busca de alimento. É ave de espaços abertos.
Originalmente, ocorria no Brasil somente nos estados nordestinos, do Maranhão e Bahia.Surge no início da manhã a procura das piscinas,onde acostumou-se a se banhar.Aparecem quase sempre em dois ou três indivíduos.Possui um canto curto e agudo.Em determinadas situações abre as asas e as movimenta abrindo e fechando rapidamente,quando seu canto apresenta ritmos e tons mais complexos.Seu comportamento indica um grau de confiança,pois se aventura no meio da piscina se houver algo boiando e que o sustente.Permite ao observador aproximar-se a uma curta distância.



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3 de novembro de 2013

Feira do Livro de segunda



 
 
DICA: Claudia Tajes autografa dia 4 de novembro às 18h o livro de contos "Sangue Quente" na Feira do Livro de Porto Alegre. Não perca.
 
 
 
Segue o blog...e a fila anda
 
 

As várias fases, estações que me levam com o vento



O vento faz parte da Feira do Livro nesse mês de novembro na Praça da Alfândega em Porto Alegre. Tem dias em que ela venta muito, até demais. Saliente, revirando páginas de livros e desajeitando os cabelos de quem quer enxergar a tela do celular ou do tablet, quer ser o protagonista de cada história da feira.


Segue o blog...com Nando Reis



1 de novembro de 2013

Feira do Livro de sábado




DICA: A sessão de autógrafos do escritor David Coimbra será a partir das 19 horas do sábado, 2 de novembro, na Feira do Livro de Porto Alegre. Ele autografa As Velhinhas de Copacabana e outras 49 crônicas que gostou de escrever. 



Segue o blog...e a fila anda.

31 de outubro de 2013

Som na caixa de quinta

 
                                                 
                                       However far away I will always love you
                            However long I stay I will always love you
                            Whatever words I say I will always love you
                                           I will always love you







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O melhor da feira não é esperar por ela


Dizem que o melhor da festa é esperar por ela. Pode ser. A Feira do Livro de Porto Alegre está sempre na mesma praça, no mesmo banco, no mesmo jardim, como diz uma música. Um jardim onde nasce aquela flor de tom roxo, o jacarandá, que é a marca da feira. E puxa dali, puxa daqui, todos anos voltamos lá. Ela mais parece um polvo, nos envolvendo com seus tentáculos, nos caminhos das bancas que se formam em torno da praça.


E ali poderemos caminhar entre livros, colhendo obras de uma semente que alguém plantou e oferece a cada um de nós como um presente. Passam os anos, antigos e novos livros desfilam pelo caminho à sombra do jacarandá florido.


Uma vez, sentada numa biblioteca, abri um livro e gravei na memória uma frase escrita na primeira página: "Um livro pode ser caro, mas você não sabe quanto lhe custa a falta dele."



Segue o blog... da cor do jacarandá.

26 de outubro de 2013

A Feira do Livro vem aí

Da minha nublada e chuvosa janela de sábado em Porto Alegre, lembro de uma poesia e da maior feira em espaço aberto da América Latina, a Feira do Livro de Porto Alegre:


"Escrevo diante da janela aberta
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!...E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons...acerta...desacerta
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar fico sonhando
E me transmuto...iriso-me...estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!"



(Mario Quintana - da Rua dos Cataventos)


  #diretododicionário
 Irisar significa dar as cores do arco-íris.
 Filigranas são obras de ouriversaria formadas de fios de ouro e prata  delicadamente entrelaçados e soldados ou impressão feita no ato da fabricação do papel que só se vê por transparência, muito usada em selos e cheques de bancos.
Doidivanas significa indivíduo leviano, meio doido.
Transmutar é alterar, fazer mudar de lugar.



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24 de outubro de 2013

Uma quinta inspirada


Num dia qualquer, numa noite que seja. Por que não podemos de vez em quando, volta e meia, às vezes, só um pouco, #sometimes, curtir uma música assim falando de amor e tão inspirada? 
Quem sabe aumente o volume...





 
 
 
 
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20 de outubro de 2013

Nada é definitivo

O que ela mais gostava nele era seu jeito meio intelectual porque lia muito. Gostava de conversar sobre tudo. Ele sempre entendia de tudo. Quem lê carrega uma certa sabedoria própria. Eles sempre se encontravam na cafeteria. Lembra do primeiro dia que o enxergou com o laptop, sentado num canto. Parecia seu escritório, ficava absorto, nem prestava atenção nela. Mas um dia começou a prestar. O que ele gostava nela era o jeito leve de levar a vida e o pensamento positivo. Dona de um sorriso que vale por muita coisa e remove montanhas, mas, ao mesmo tempo de um olhar meio triste e distante. Lembra que o pedido do café veio errado. Decerto a atendente se confundiu com o número das mesas e entregou o seu café a ela. Trocaram olhares e a história começou meio atrapalhada, mas começou.
Agora a ameaça de separação rondava o casal. Aquele curso tão longe e tão sonhado por ele separaria os dois por um tempo. O que aconteceria daqui para frente? Só o destino sabe. E no dia da partida, ele veio com uma ideia diferente. Confessou seu amor e não sabia como se comportaria à distância. Mesmo com a internet, e-mails, facebook, mesmo assim o dia a dia é às vezes inusitado.
Por esse motivo, ele optou por simplesmente amá-la. Levaria no pensamento as lembranças e cuidaria de longe. Pensou em terminar tudo mas sabia que seria difícil. Pegou a passagem e deu a última olhada para trás. Disse que se afastava e a deixaria livre para pensar sobre a vida. Sabia dentro de si que sempre estaria pensando e cuidando dela, deixando o futuro agir e reagir. Achava bonito um amor opcional, que não deixa de ser amor pela intensidade e cuida de longe, pelo simples fato de amar tanto. E deixá-la seguir o próprio caminho, o deixava completamente feliz.
A mochila parecia mais pesada que o habitual. Acomodou-se no trem com os fones e ouvia uma música. Aquela música que traz lembranças na melodia...
Essa história talvez tenha um meio final, já que o "the end" sempre é definitivo.




 
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19 de outubro de 2013

Um soneto no kit de sábado

Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913 no Rio de Janeiro.
Sua obra é conhecida entre a literatura, teatro, cinema e música. O centenário de Vinicius é lembrado nesse sábado.
Notabilizou-se através dos sonetos. Soneto é uma palavra de origem italiana,  "sonetto", significando pequena canção ou pequeno som. Um poema de forma fixa, composto por quatorze versos. Considero um dos mais lindos o "Soneto da Fidelidade". Um soneto para ser decorado...

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


(Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.)




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18 de outubro de 2013

Um dia frio na cidade


Porto Alegre. A manhã mais fria do ano. Zero grau. Aquele dia ela precisou de muita coragem para levantar cedo e tomar um café.

O CAFÉ QUE VIROU CHOCOLATE QUENTE...
Ele insistiu muito em encontrá-la. Foram vários pedidos para tomar um café. Milhares. Ela recusou todos. Mas ele nunca desistiu ou sempre a manteve no pensamento. E ela resolveu aceitar, naquele dia mais frio do ano. No começo arrependeu-se um pouco, mas depois que saiu para a rua não tinha como voltar atrás.
Entrou na cafeteria e ele aguardava. Naquele dia, gorro e luvas, nada adiantava muito. O frio gelava o corpo e o coração. Chegou apreensiva. Ele tomava um chocolate quente. O pedido de café martelava na sua mente, mas cedeu ao fumegante líquido quente e precioso.
Ele só queria vê-la, encontrá-la e conversar um pouco. Queria pedir até perdão por abandoná-la por tanto tempo. Às vezes é preciso. Como dizem...o que os olhos não vêem, o coração não sente. Acho que essa é a frase do dia. Ele declara o amor novamente por ela. Agora quer um relacionamento sério.
Ela pensa mais uma vez. O dia continua frio, apesar do sol tentar aparecer entre as nuvens. Gélido. E aquele sentimento todo foi descongelando na fumaça que emanava da xícara de chocolate. Na ausência dele, outros amores passaram pela sua vida. Platônicos até, mas amores. Serviram de inspiração para a vida que seguia. Então, resolveu dar-lhe mais uma chance.
Como diz naquela letra de música... "Só sente falta do sol quando começa a nevar. Só sabe que a ama quando a deixa."





Segue o blog...a foto foi tirada na manhã mais fria do ano em Porto Alegre no dia 25 de julho. Não é de tão boa qualidade, mas foi de coração.













14 de outubro de 2013

Leia o livro, veja o filme

Um dos livros mais vendidos no Brasil em 2011 como não ficção foi "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilberty (Objetiva).
A trajetória de uma mulher que escolhe três lugares para viver e conjugar três verbos está em sexto lugar na categoria citada anteriormente.
No blog vamos ouvir uma música da trilha do filme "Comer, Rezar, Amar".
E deixar uma pergunta no ar...
Qual serão os livros que estarão na lista de mais vendidos na Feira do Livro de Porto Alegre em 2013?

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Segue o blog... vem aí a 59ª Feira do Livro de Porto Alegre de 01 a 17 de novembro.
 
 

12 de outubro de 2013

No cinema






Chegando do cinema ainda emocionada com o filme "O tempo e o vento", obra do grande escritor gaúcho Érico Veríssimo. No filme, Fernanda Montenegro conta a história e costumes de uma época marcante de minha terra, narrando a trajetória de um grande amor. Na voz da atriz assisti a narrativa da apresentação sobre a história das Missões no ano anterior, quando estive em São Miguel das Missões com meus colegas da Oficina Literária,  iniciando a escrita de contos do livro "Esta terra tem dono", lançado na Feira do Livro de Porto Alegre de 2012. Foi muito produtivo escrever na paisagem, vivenciando de perto e imaginando o desenrolar de fatos que se passaram naquelas terras. Ao rever no filme Pedro Missioneiro veio a lembrança da viagem.
Veja o trailer do filme tão esperado, aprenda e emocione-se. Não perca. É a história de um verdadeiro amor que conseguiu transpor estações, ventos e o tempo. Como diz no filme a personagem Bibiana: "Esperar foi uma coisa que aprendi na minha vida."



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5 de outubro de 2013

Um café no aeroporto


Aquele sábado estava muito quente em Porto Alegre. Um forno. Um forno alegre, como dizem. O inverno vira verão. Agora que a praia fica mais distante para tantos, a vontade é voltar e entrar naquele mar novamente.
 O aeroporto amanhece com neblina e voos cancelados. Ela decide tomar um café porque é preciso aguardar. Ninguém para esperar. Ninguém para partir. Só ilustres desconhecidos circulam por lá. Gente que vai, gente que vem. Cada um com seu destino, com seu país, sua cidade de origem ou de trabalho talvez.
Já o clima, varia em torno do mundo. Seria até bom tomar um café num lugar mais frio. Na vitrina adiante, livros e revistas. Em qualquer lugar é bom observar essa rotina, que para alguns soa como despedida, sorriso, surpresa, lágrimas, emoções, olhares ao longe, expectativa. E o aeroporto tem sua logística, que atrai a atenção de muitos.
Ela saboreava um café pingado e pensava longe. Na mesa da cafeteria, lê no blog preferido a última notícia. Que será antiga no proximo segundo.
Volta o sol. No aeroporto a vida segue. Cada um com sua bagagem de vida, carregando uma história pelo caminho.


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1 de outubro de 2013

Um céu tão azul



Gosto de caminhar pela rua e observá-la, já que o caminho para o trabalho faz parte do meu dia a dia.Não tenho muita sorte com fotografia, nem sempre sai coisa boa ou nítida. Acho que tenho mais jeito é com as palavras. Essa foto foi tirada lá em Punta del Este, até que ficou legal, um céu inspirador. Tão azul quanto o céu de hoje em Porto Alegre, depois de dias nublados. Um céu de brigadeiro. Às vezes é bom sair por aí para caminhar e pensar. Distraidamente. Dizem os chineses que as coisas boas aparecem quando estamos distraídos.
Eles estão certos, pelo menos não fico sem assunto, só falando do tempo...
Quero que esse blog seja também o diário de minhas divagações. Caminho pela rua em silêncio e vou fotografando a paisagem e misturando meu pensamento com  certas lembranças, como essa da minha viagem ao Uruguai em novembro de 2012, depois da Feira do Livro.


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20 de setembro de 2013

Ela tem razão

A cantora Sandy postou que é fã de John Mayer que se apresenta no Rock in Rio nesse sábado.
Ouça uma música aqui no blog e embale esse feriado chuvoso em Porto Alegre.



 
 
#segueoblog

14 de setembro de 2013

Café, bombom e leitura

Aquele era o primeiro dia de férias. Como não viajaria, resolveu ler. Ler todos os livros, todas as listas de espera, toda a estante. Resolveu desarrumá-la. Reler algumas obras perdidas pelo caminho. Deparou-se com romance, best-sellers e outros tantos que ficaram no caminho da leitura. Queria ler muito Fernando Pessoa também. Passou a mão numa pequena caixa de bombons. Pequenos. Não sabia o porquê, mas aquele minúsculo bombom e uma xícara de café davam outro sabor ao livro. Ficou ali absorta. Na tarde só ouvia a trilha sonora dos pássaros no jardim, quando recebe uma mensagem. Um amigo lhe mandou uma música. Ela aproveitou e ouviu como música de fundo. O início da melodia, o toque, lembrava uma aula de dança. Não tentou traduzir a letra, fixou-se nas páginas que corriam soltas. Folheava cada uma, como um toque na tela do celular. E a música foi ouvida milhares de vezes. Será que o amigo queria dar algum recado, alguma mensagem através da letra? Ela não sabia. Não estava interessada mais naquele amor. A vida tentava desviar mais uma vez sua atenção. Mas ela queria dessa vez ler o livro até o final. Queria saber o fim da história. E a música, com seus internos significados, continuava a tocar.


 
 
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12 de setembro de 2013

Pequeno conto de cafeteria em Portugal




O sonho de viajar rumo à Portugal chegou mais cedo do que ela esperava. Porto Alegre tem a facilidade de um voo direto à Lisboa. Os ventos sopravam a seu favor, como nas caravelas do além mar. E lá estava ela finalmente curtindo as terras portuguesas, a paisagem, a culinária, um bom vinho. O passeio no bonde foi uma aventura, complementado com uma parada para o cafezinho. Finalmente conheceu o "Café à brasileira", sentou ao lado da estátua de Fernando Pessoa. Enquanto tomava o café, pensava nas citações e poemas que ficaram sempre na memória. Nada a tiraria daquele momento. Nada mesmo. A não ser observar uma pessoa que lia o jornal na mesa ao lado. Todos que lêem absortos parecem estar desligados do mundo. Mas quando terminou o jornal, ele também pediu um café. Depois levantou-se calmamente e saiu pela rua, entre as mesas. Todos temos hábitos. Há algo que fazemos sempre no dia a dia. O dele era esse. No outro dia, estava na mesma mesa. Sentado na mesa 3. Por que esse número? Não sei, talvez seja afinidade, preferência. A vida faz com que a gente apegue-se a coisas tão simples e duradouras.








Segue o blog...e o sonho de conhecer Portugal. As fotos são da leitora Clarice Freitas.

3 de setembro de 2013

NEOLOGISMO


NEOLOGISMO é a criação de uma expressão nova ou atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Seu significado é "nova palavra" e encontramos muitos através da internet, como: deletar, printar, escanear, mouse e site. Esses termos surgem como uma necessidade de linguagem momentânea, transitória ou permanente.
O neologismo está presente na representação de sons como "vrum", "tibum", "puf", "chuá" ou linguagens abreviadas como: xau, bju, qq, vc, etc.
O mundo atual se codifica e resume porque temos pressa de escrever, de nos comunicar. Transformamos as palavras, brincamos com os sons porque tudo tem a necessidade de ser reescrito, renovado. É comum pedirmos um "refri" e fica até estranho pronunciar refrigerante.
Mas nunca devemos esquecer a essência das palavras. Um exemplo muito citado está num dos poemas de Manuel Bandeira, o qual gosto muito e tem o mesmo título:


NEOLOGISMO
"Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda

E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo,o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teadora."

(Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, 1970)

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1 de setembro de 2013

JANELA DE SETEMBRO



Da minha janela, em setembro, ouço sua majestade o sabiá. Imagino que cada bairro, cada rua, cada casa de Porto Alegre tenha direito a um representante: um sabiá cantando dia e noite, sem parar.
E ele bate um bolão. Com sol ou chuva, o primeiro tempo começa lá pelas quatro da manhã. O segundo às sete horas e durante o dia ele treina muito. Volta no final da tarde, nos descontos, soando como um apito, ele termina o dia, encerrando o jogo.
A performance desse craque é incrível. No final do período ele vai ser contratado. Como todo bom jogador vai embora, deixando saudades. Ou não... tem gente louca para mandar o tal sabiá passear. Será que existiu algum jogador de apelido Sabiá? A empolgação do bola cheia é demais. Queria que ele jogasse no meu time, poderia ser o capitão ou até treiná-lo... Mas, daqui a pouco ele se cala e vai embora. Seu contrato é de um ano. Voltará lá por agosto ou meados de setembro.
O sabiá, exímio flautista das manhãs de setembro, demarcador de territórios, em nome do amor, embala nossos sonhos, dribla a insônia porto-alegrense e nos desperta, toda manhã, cantando na torcida e fazendo sempre um golaço.

Segue o blog. Segue o sabiá...tuitando pelos bairros de nossa cidade.

22 de agosto de 2013

A música de hoje



Essa música é muito linda e acalma. Foi lembrada no Google de hoje .
Parece o céu de dias atrás, enfeitado com uma bela lua.
Ouça..."Clair the lune" de Claude Debussy e encante-se.


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30 de julho de 2013

TERÇA POÉTICA

Mario Quintana nasceu em Alegrete em 30 de julho de 1906.



Em "Baú de Espantos" reuniu 99 poemas escritos até na sua adolescência.

"Oh a alegria do vento desgrenhando as árvores
revirando os pobre guarda-chuvas
erguendo saias!
A alegria da chuva a cantar nas vidraças
sob as vaias do vento...

Enquanto
- desafiando o vento, a chuva, desafiando tudo -
no meio da praça a menininha canta
a alegria da vida
a alegria da vida!"

(trecho de "Família desencontrada"
pág. 39 de Baú de Espantos)

20 de julho de 2013

Um café amigo



Um café pode trazer muitas ideias, vários assuntos, uma sugestão, uma conversa, uma pauta, uma filosofia de vida. Enquanto tomamos um café podemos trabalhar, trocar ideias, criar alguma coisa. Tudo pode acontecer. Um café aproxima amigos. 

Segue o blog... um brinde ao dia do amigo.

16 de julho de 2013

14 de julho de 2013

MOMENTOS NA CAFETERIA

O ERMITÃO

Certa ilha enfeitava a paisagem de uma praia, enquanto lá vivia um estranho ermitão. No bom dicionário ele é um solitário. Essa pessoa vivia muito bem obrigado na ilha, entre coqueiros e uma andorinha que outra. Na mais perfeita paz.
Um dia, apareceu um pacote boiando na praia. Em geral, eram coisas que caiam de embarcações ou uma garrafa, vez que outra. No pacote tinha um celular. O homem olhou aquilo e enterrou na areia. Mas o bicho falava, começou a tocar lá no buraco. Ele o desenterrou e apertou nos botões, sem decifrar nada. O tal celular ficou de lado, até acabar a bateria. Outro dia, outro pacote. Agora era uma caixinha branca, com fios. Apertando e apalpando, começou a tocar uma música, que se ouvia de longe. Cada vez que colocava as pontas do fio mais perto, mais se ouvia. Lá ficou o ermitão, agora não tão solitário e não tendo só o balanço do mar como testemunha. Ouvia outros murmúrios. Som na caixa, o ermitão estava quase um dj, apertando sem parar nas teclas. E para finalizar, outro pacote. Agora a caixa era maior, tinha um pequeno computador lá dentro. Simplesmente ele colocou tudo em exposição, como uma loja, um camelódromo em plena areia.
De repente, uma lancha passou por perto com turistas. Os objetos de longe atraíram o pessoal, que se aproximaram, por pura curiosidade. Acharam o rapaz um homem normal, devidamente aparelhado. Ofereceram emprego como guia turístico porque ele conhecia os arredores todos daquela praia. Aceita a carona, ele topou largar seu paraíso. Deu adeus à ilha, prometendo um dia voltar.
Dizem que o ermitão pisou em terra firme e nunca mais voltou. Foi visto tomando chope num bar com amigos, dando voltas num shopping, no supermercado, até já torce para um time da cidade. Mas tem uma coisa que ele não abandona. É visto nas cafeterias da cidade, quando estão mais vazias, com seu laptop . Fica olhando a tela, pensando longe. Volta e meia, baixa a cabeça e escreve. Não sei o que digita, mas está no seu mais velho estilo ermitão. Não presta atenção em quem passa, absorto, ele se desliga da paisagem contemporânea.
A ilha? Ficou para trás. Está no mesmo lugar fazendo companhia para a andorinha. Mas o mundo...esse gira.

 
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8 de julho de 2013

Som de primeira no kit de segunda

Essa música inspira algo como reinício, recomeço ou algum prefixo qualquer. Não sei se encontrei a palavra certa. Mas causa uma certa empolgação.
É o meu som de segunda-feira.




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7 de julho de 2013

Domingo chuvoso

Canção da garoa

Em cima do telhado
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.


O relógio vai bater:
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.


E chove sem saber por quê...

E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...

Mario Quintana (do livro "Mario Quintana-Poesias")



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6 de julho de 2013

Cena de filme

Às vezes nossa vida parece um filme. Um enredo dos filmes que vemos. Estaremos em lugares e momentos inesperados, inesquecíveis, amando de forma especial, provando iguarias e rezando para que tudo dê certo.
E contamos com quem aparecer nessa trajetória, com os amigos, com nossos amores, com os gourmets que fazem com que a vida tenha um novo sabor.
Nossa vida se confunde com todas as histórias que presenciamos. Somos ora espectadores, ora protagonistas.




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30 de junho de 2013

Direto do teclado

AULA DE DATILOGRAFIA
Ela observa a filha digitando, sentada no sofá da sala.
Na memória vem uma cena distante. Todos a postos com suas máquinas de escrever. No início, silenciosos, lendo as regras no manual. Dedos nas teclas f e j, marcadas com um sinal em relevo no teclado. É dada a largada. Só ouve-se o "tec tec" na sala silenciosa. Mentalizando, sem olhar para o teclado. Só o texto importa. Um desafio, mas ela não consegue.
Pausa para o café. Apesar de voltar animada, o problema continua. A colega ao lado teclava como se estivesse compondo uma sonata. Na saída, a confirmação. Diante de sua frustração com os teclados, tal destreza da amiga é confirmada. Ela fazia aulas de piano desde criança e toca com esmero.
Volta à cena real. Observa a filha teclando no celular. Ela segura o aparelho em concha com as mãos e digita rápido com os polegares. Sem aula, sem teclas marcadas, digita velozmente e ainda ri para o teclado, ligada ao que está fazendo. A concentração é tão grande, que não se importa com o que acontece em sua volta. Ela tenta chamar atenção, mas a garota faz o movimento ágil com os dedos sem parar. Realmente, o novo método de digitar é bem mais interessante.

 


SOCORRO!!
Ele estava em aperto, foi assaltado. Tentava pedir ajuda no facebook e digitava rápido: SPS. Ninguém entendeu seu apelo. Só mais tarde foi detectado o erro de digitação rápida. Na verdade ele queria digitar: SOS.
O problema é que no teclado a letra "o" está ao lado da letra "p". Um problema pequeno, mas de peso. Coisas da digitação.



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8 de junho de 2013

Vitor Ramil

Ao vento frio de um lugar qualquer...pode ser Porto Alegre.

Ouça "Estrela, estrela" 





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3 de junho de 2013

Dança de primeira no kit de segunda

Os protagonistas desses filmes dançaram muito.
Música de filme sempre fica na memória.
Para quem já viu ou pretende ver...

O lado bom da vida

Os intocáveis



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1 de junho de 2013

Som da Clarice




Toda música vem presa a uma sintonia, como um elo.
Toda música é uma lembrança, um link.
Ouça "Monomania"...




Em Porto Alegre, dia 16 de junho no teatro do Bourbon Country às 19h, Clarice Falcão.




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30 de maio de 2013

Na trilha

DE JANEIRO À JANEIRO

Ela caminha firme pela rua, entre as folhas de um fim de tarde de maio, fazendo barulho com o salto na calçada. Não sabe caminhar de forma leve. Pensa que se estivesse apaixonada, saltitaria talvez, chegaria a plainar de tanto amor, nem sentiria o caminho e as horas passando. E o mês passa tão rápido. Mas nada de amor. Pensa que esse tal amor não existe, tão cantado, poetisado. Não existe.
Sente um alívio quando enxerga a porta da cafeteria do posto aberta novamente. Uma semana de obras, mas o espaço está liberado. Mais amplo, mais claro, com mais mesas. Pode escolher onde sentar para afogar suas mágoas numa xícara de café. Bem quente, escaldante, para descongelar a alma.
Hoje ela não está romântica, nem criativa, nem tão pouco animada. Desde janeiro vive esse amor. Já está quase em junho. Mas não é amor. Ele não existe. Alguém inventou esse termo para disfarçar algum sentimento. Desde janeiro quando mirou aquele olhar não tem mais sossego. Já tentou esquecer, disfarçar e nada. Deu uma chance e mais outra e nada. E não entende por que insiste em não acreditar.
O café chega à mesa. Simples como sempre. Nesse bom momento para pensar, as coisas podem ser vistas de uma forma mais clara. Quando tudo complica, um afastamento é bom para renovar as ideias. Às vezes, precisa de um retiro quase egoísta, em si mesmo, para tomar uma decisão. Enquanto isso, a xícara vai esvaziando e ela procura uma música no iphone. Rola os dedos pela tela, procurando aquela letra de música que define tudo que sente. Enfim, a encontra. Abre o vídeo e ouve com atenção, deixando o som rolar. Aquela música martela na sua mente, na sua lembrança, sem parar. Até o amor durar. Se durar...de janeiro à janeiro.





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