20 de fevereiro de 2015

A poesia dos haikais


Haikai é uma pequena poesia com métrica e molde orientais.
Surgiu no século XVI e se difundiu muito no Japão.
Expressando imagens poéticas, aos poucos foi ganhando adeptos na
inspiração contida em três linhas.

Pra você curtir no verão...


SOM
Sussurro sem som
Onde a gente se lembra
Do que nunca soube.
Guimarães Rosa 
 
PRIMAVERA
Nós dois? – Não me lembro.
Quando era que a primavera
Caía em setembro?
Guilherme de Almeida


Lembrete
Se procurar bem, você acaba encontrando
não a explicação da vida,
mas a poesia da vida.
Drummond
 
 
Segue o blog...

18 de fevereiro de 2015

Som de A a Z/ ESTAÇÃO

Quando ouvi essa música foi amor a primeira vista. 
Curti esse clipe e achei perfeito. Guardei na memória para apresentar hoje a você.
Cada um na sua estação...





Segue o blog no clima...





17 de fevereiro de 2015

Som de verão/ Coisa mais linda

Letra de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes.
"Coisa mais linda" na voz de Caetano Veloso.
Ouça essa música...e anime-se para a sexta-feira.

"...nem mesmo a cor, não existe
e o amor, nem mesmo o amor existe."





Segue o blog...

16 de fevereiro de 2015

Verão de A a Z/ Concha




O vento vinha ventando...a chuva vinha molhando...

A chuva muda as tardes e o aspecto do mar, deixando-o com tonalidade variada. Não sei quantos tons tem o mar. Parece que à tarde fica sempre mais bonito, mais limpo, esverdeado. A ressaca traz mais conchas para a beira da praia.




Segue o blog ...

14 de fevereiro de 2015

Verão de A a Z / ESTANTE DE PRAIA - 2



O FIO DAS MISSANGAS, CONTOS DE MIA COUTO.
Lendo a contra-capa:
"São 29 contos trabalhados como em filigrana e unidos como missangas em redor de um fio, que é a escrita de um consagrado fabricador de ilusões."
Nas palavras do autor: "A missanga, todos a vêem. Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas. Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o tempo."


Segue o blog...#euamopoesia.

13 de fevereiro de 2015

Verão de A a Z/ ESTANTE DE PRAIA

Existem livros que moram na estante de praia. Todo ano carregamos novos livros e últimos best-sellers, esbarrando em um livro que ficou lá esquecido.
 Na estante de praia de hoje "Os filhos do Capitão Grant" de Julio Verne, onde a história  tem a origem em uma mensagem numa garrafa lançada ao mar, sendo o ponto de partida de uma expedição que aventura-se pela América do Sul, Austrália e Nova Zelândia narrando a vida do capitão Grant e seus companheiros de viagem.





Veja um trecho:

"O mar estava magnífico; podiam facilmente seguir-se à superfície as rápidas evoluções do esqualo, que mergulhava ou se elevava com um vigor surpreendente. Os marinheiros lançaram uma corda forte, munida de um anzol com um bocado de toucinho. O tubarão, apesar, apesar de ainda se encontrar a uma distância de cinquenta metros, cheirou o engodo oferecido à sua voracidade. Aproximou-se rapidamente. Viam-se-lhe as barbatanas, cinzentas na extremidade, negras na base, bater as ondas com violência. À medida que avançava, os seus enormes olhos salientes surgiam inflamados de avidez."
Julio Verne


O autor viveu sua infância perto do porto e das docas, o que motivou sua imaginação sobre a vida marítima e viagens à terras distantes. Pela família foi incentivado a cursar direito e trabalhar depois como corretor de ações. Mas, com o passar do tempo, ele volta a escrever, pesquisando e aprofundando sua paixão pelo estudo científico.
Olhando o mar, quem já não imaginou receber uma mensagem vinda de um horizonte sem fim?


Segue o blog...pelos mares.

12 de fevereiro de 2015

VERÃO DE A a Z / MALA

É tempo de férias, de desacelerar ou tentar esquecer que relógio existe e não cronometrar as horas. As férias carregam consigo todas as lembranças, todas as malas que fizemos. Achadas, perdidas por esse mundo afora. A cada ano renovamos alguma coisa na mala de praia. Houve tempos de muitas caixas de jogos. De batalha naval. O famoso baralho de cartas praiano está presente sempre. Em novos tempos de informação, carregar celulares e notebooks é um hábito. Estamos online. E sempre haverá tempo de livros.


Segue o blog...

10 de fevereiro de 2015

Verão de A a Z / tatuagem

Marcas. Sintonia. Lembrança. Ela queria ter três tatuagens. Tinha duas pequenas mas antigas. Visíveis. Uma de um lado do pé, outra no ombro. Onde faria a terceira? Então ela dirigiu-se aquela loja, como no programa da tv Miami Ink. Aquilo lhe deixou meio apreensiva. Uma marca muitas vezes é para sempre.
Chegando lá, o tatuador a recebeu com certa simpatia. Deu-lhe catálogos para folhear. Como a achou meio demorada, deixou-a olhando a álbum por instantes e atendeu outra pessoa. Cada um conta um pouco da vida e o motivo por que está ali. Ela nem prestava atenção. Uma lembrança de um antigo amor, dos pais, de um amigo, um fato mais interessante. Tudo é narrado e desenhado calmamente. Aos poucos, todo alcançam um objetivo e saem felizes daquele lugar, levando a lembrança de alguma coisa gravada na pele. Quem olha a tatuagem, muitas vezes ao admirar a estampa, não imagina o motivo que está por trás daquela figura.
Ela desistiu. Levantou e saiu alegando voltar no outro dia. Mas sumiu. Uma semana. Esse foi o tempo suficiente para ele esperá-la, com o olhar cravado na porta, quase tatuado, dia e noite.
Certo dia, o inesperado aconteceu. Ela retornou devagar, como sempre tão calma. Já havia escolhido o motivo da tatuagem. Apontou para a página e ele contemplou um símbolo japonês. Um ideograma. Achou banal. Por que não escolheu um dragão gigante ou estrelas cadentes? Ou uma borboleta para colorir sua vida. Não teriam o jeito dela. E o local da tatuagem? Sugeriu o pescoço, na nuca, escondida pelos cabelos. A surpresa de levantá-los e enxergá-la. Surpreenderiam-se. Ele parecia estar com ciúmes. E assim foi feito o desenho. Com toda calma, de propósito, para mantê-la ali por mais tempo talvez. Na saída, uma pergunta sobre o motivo, o significado do tal símbolo japonês. A resposta foi: talento...
Talento em conquistar, apaixonar. Ela foi caminhando em direção a porta. Talentosamente. Virou-se e lançou um olhar. Tatuou uma mensagem através dos olhos. Desenhou-se o desejo de voltar.


Segue o blog... Em japonês, kanji (ideograma) e irezumi (tatuagem).