31 de outubro de 2013

Som na caixa de quinta

 
                                                 
                                       However far away I will always love you
                            However long I stay I will always love you
                            Whatever words I say I will always love you
                                           I will always love you







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O melhor da feira não é esperar por ela


Dizem que o melhor da festa é esperar por ela. Pode ser. A Feira do Livro de Porto Alegre está sempre na mesma praça, no mesmo banco, no mesmo jardim, como diz uma música. Um jardim onde nasce aquela flor de tom roxo, o jacarandá, que é a marca da feira. E puxa dali, puxa daqui, todos anos voltamos lá. Ela mais parece um polvo, nos envolvendo com seus tentáculos, nos caminhos das bancas que se formam em torno da praça.


E ali poderemos caminhar entre livros, colhendo obras de uma semente que alguém plantou e oferece a cada um de nós como um presente. Passam os anos, antigos e novos livros desfilam pelo caminho à sombra do jacarandá florido.


Uma vez, sentada numa biblioteca, abri um livro e gravei na memória uma frase escrita na primeira página: "Um livro pode ser caro, mas você não sabe quanto lhe custa a falta dele."



Segue o blog... da cor do jacarandá.

26 de outubro de 2013

A Feira do Livro vem aí

Da minha nublada e chuvosa janela de sábado em Porto Alegre, lembro de uma poesia e da maior feira em espaço aberto da América Latina, a Feira do Livro de Porto Alegre:


"Escrevo diante da janela aberta
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!...E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons...acerta...desacerta
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar fico sonhando
E me transmuto...iriso-me...estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!"



(Mario Quintana - da Rua dos Cataventos)


  #diretododicionário
 Irisar significa dar as cores do arco-íris.
 Filigranas são obras de ouriversaria formadas de fios de ouro e prata  delicadamente entrelaçados e soldados ou impressão feita no ato da fabricação do papel que só se vê por transparência, muito usada em selos e cheques de bancos.
Doidivanas significa indivíduo leviano, meio doido.
Transmutar é alterar, fazer mudar de lugar.



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24 de outubro de 2013

Uma quinta inspirada


Num dia qualquer, numa noite que seja. Por que não podemos de vez em quando, volta e meia, às vezes, só um pouco, #sometimes, curtir uma música assim falando de amor e tão inspirada? 
Quem sabe aumente o volume...





 
 
 
 
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20 de outubro de 2013

Nada é definitivo

O que ela mais gostava nele era seu jeito meio intelectual porque lia muito. Gostava de conversar sobre tudo. Ele sempre entendia de tudo. Quem lê carrega uma certa sabedoria própria. Eles sempre se encontravam na cafeteria. Lembra do primeiro dia que o enxergou com o laptop, sentado num canto. Parecia seu escritório, ficava absorto, nem prestava atenção nela. Mas um dia começou a prestar. O que ele gostava nela era o jeito leve de levar a vida e o pensamento positivo. Dona de um sorriso que vale por muita coisa e remove montanhas, mas, ao mesmo tempo de um olhar meio triste e distante. Lembra que o pedido do café veio errado. Decerto a atendente se confundiu com o número das mesas e entregou o seu café a ela. Trocaram olhares e a história começou meio atrapalhada, mas começou.
Agora a ameaça de separação rondava o casal. Aquele curso tão longe e tão sonhado por ele separaria os dois por um tempo. O que aconteceria daqui para frente? Só o destino sabe. E no dia da partida, ele veio com uma ideia diferente. Confessou seu amor e não sabia como se comportaria à distância. Mesmo com a internet, e-mails, facebook, mesmo assim o dia a dia é às vezes inusitado.
Por esse motivo, ele optou por simplesmente amá-la. Levaria no pensamento as lembranças e cuidaria de longe. Pensou em terminar tudo mas sabia que seria difícil. Pegou a passagem e deu a última olhada para trás. Disse que se afastava e a deixaria livre para pensar sobre a vida. Sabia dentro de si que sempre estaria pensando e cuidando dela, deixando o futuro agir e reagir. Achava bonito um amor opcional, que não deixa de ser amor pela intensidade e cuida de longe, pelo simples fato de amar tanto. E deixá-la seguir o próprio caminho, o deixava completamente feliz.
A mochila parecia mais pesada que o habitual. Acomodou-se no trem com os fones e ouvia uma música. Aquela música que traz lembranças na melodia...
Essa história talvez tenha um meio final, já que o "the end" sempre é definitivo.




 
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19 de outubro de 2013

Um soneto no kit de sábado

Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913 no Rio de Janeiro.
Sua obra é conhecida entre a literatura, teatro, cinema e música. O centenário de Vinicius é lembrado nesse sábado.
Notabilizou-se através dos sonetos. Soneto é uma palavra de origem italiana,  "sonetto", significando pequena canção ou pequeno som. Um poema de forma fixa, composto por quatorze versos. Considero um dos mais lindos o "Soneto da Fidelidade". Um soneto para ser decorado...

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


(Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.)




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18 de outubro de 2013

Um dia frio na cidade


Porto Alegre. A manhã mais fria do ano. Zero grau. Aquele dia ela precisou de muita coragem para levantar cedo e tomar um café.

O CAFÉ QUE VIROU CHOCOLATE QUENTE...
Ele insistiu muito em encontrá-la. Foram vários pedidos para tomar um café. Milhares. Ela recusou todos. Mas ele nunca desistiu ou sempre a manteve no pensamento. E ela resolveu aceitar, naquele dia mais frio do ano. No começo arrependeu-se um pouco, mas depois que saiu para a rua não tinha como voltar atrás.
Entrou na cafeteria e ele aguardava. Naquele dia, gorro e luvas, nada adiantava muito. O frio gelava o corpo e o coração. Chegou apreensiva. Ele tomava um chocolate quente. O pedido de café martelava na sua mente, mas cedeu ao fumegante líquido quente e precioso.
Ele só queria vê-la, encontrá-la e conversar um pouco. Queria pedir até perdão por abandoná-la por tanto tempo. Às vezes é preciso. Como dizem...o que os olhos não vêem, o coração não sente. Acho que essa é a frase do dia. Ele declara o amor novamente por ela. Agora quer um relacionamento sério.
Ela pensa mais uma vez. O dia continua frio, apesar do sol tentar aparecer entre as nuvens. Gélido. E aquele sentimento todo foi descongelando na fumaça que emanava da xícara de chocolate. Na ausência dele, outros amores passaram pela sua vida. Platônicos até, mas amores. Serviram de inspiração para a vida que seguia. Então, resolveu dar-lhe mais uma chance.
Como diz naquela letra de música... "Só sente falta do sol quando começa a nevar. Só sabe que a ama quando a deixa."





Segue o blog...a foto foi tirada na manhã mais fria do ano em Porto Alegre no dia 25 de julho. Não é de tão boa qualidade, mas foi de coração.













14 de outubro de 2013

Leia o livro, veja o filme

Um dos livros mais vendidos no Brasil em 2011 como não ficção foi "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilberty (Objetiva).
A trajetória de uma mulher que escolhe três lugares para viver e conjugar três verbos está em sexto lugar na categoria citada anteriormente.
No blog vamos ouvir uma música da trilha do filme "Comer, Rezar, Amar".
E deixar uma pergunta no ar...
Qual serão os livros que estarão na lista de mais vendidos na Feira do Livro de Porto Alegre em 2013?

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Segue o blog... vem aí a 59ª Feira do Livro de Porto Alegre de 01 a 17 de novembro.
 
 

12 de outubro de 2013

No cinema






Chegando do cinema ainda emocionada com o filme "O tempo e o vento", obra do grande escritor gaúcho Érico Veríssimo. No filme, Fernanda Montenegro conta a história e costumes de uma época marcante de minha terra, narrando a trajetória de um grande amor. Na voz da atriz assisti a narrativa da apresentação sobre a história das Missões no ano anterior, quando estive em São Miguel das Missões com meus colegas da Oficina Literária,  iniciando a escrita de contos do livro "Esta terra tem dono", lançado na Feira do Livro de Porto Alegre de 2012. Foi muito produtivo escrever na paisagem, vivenciando de perto e imaginando o desenrolar de fatos que se passaram naquelas terras. Ao rever no filme Pedro Missioneiro veio a lembrança da viagem.
Veja o trailer do filme tão esperado, aprenda e emocione-se. Não perca. É a história de um verdadeiro amor que conseguiu transpor estações, ventos e o tempo. Como diz no filme a personagem Bibiana: "Esperar foi uma coisa que aprendi na minha vida."



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5 de outubro de 2013

Um café no aeroporto


Aquele sábado estava muito quente em Porto Alegre. Um forno. Um forno alegre, como dizem. O inverno vira verão. Agora que a praia fica mais distante para tantos, a vontade é voltar e entrar naquele mar novamente.
 O aeroporto amanhece com neblina e voos cancelados. Ela decide tomar um café porque é preciso aguardar. Ninguém para esperar. Ninguém para partir. Só ilustres desconhecidos circulam por lá. Gente que vai, gente que vem. Cada um com seu destino, com seu país, sua cidade de origem ou de trabalho talvez.
Já o clima, varia em torno do mundo. Seria até bom tomar um café num lugar mais frio. Na vitrina adiante, livros e revistas. Em qualquer lugar é bom observar essa rotina, que para alguns soa como despedida, sorriso, surpresa, lágrimas, emoções, olhares ao longe, expectativa. E o aeroporto tem sua logística, que atrai a atenção de muitos.
Ela saboreava um café pingado e pensava longe. Na mesa da cafeteria, lê no blog preferido a última notícia. Que será antiga no proximo segundo.
Volta o sol. No aeroporto a vida segue. Cada um com sua bagagem de vida, carregando uma história pelo caminho.


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1 de outubro de 2013

Um céu tão azul



Gosto de caminhar pela rua e observá-la, já que o caminho para o trabalho faz parte do meu dia a dia.Não tenho muita sorte com fotografia, nem sempre sai coisa boa ou nítida. Acho que tenho mais jeito é com as palavras. Essa foto foi tirada lá em Punta del Este, até que ficou legal, um céu inspirador. Tão azul quanto o céu de hoje em Porto Alegre, depois de dias nublados. Um céu de brigadeiro. Às vezes é bom sair por aí para caminhar e pensar. Distraidamente. Dizem os chineses que as coisas boas aparecem quando estamos distraídos.
Eles estão certos, pelo menos não fico sem assunto, só falando do tempo...
Quero que esse blog seja também o diário de minhas divagações. Caminho pela rua em silêncio e vou fotografando a paisagem e misturando meu pensamento com  certas lembranças, como essa da minha viagem ao Uruguai em novembro de 2012, depois da Feira do Livro.


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