14 de novembro de 2015

Entre um café e outro...



Entre um café e outro, uma leitura e outra, encontro mais duas palavras para escrever este post e aumentar o meu dicionário da preguiça.
São elas: evolar e enlevar. São parecidas, parece que se enlaçam. Flutuam no ar, feito poesia. Dá vontade de decifrá-las.
Evolar é flutuar, voar. Uma música pode estar evolando suave no ar, por exemplo.
enlevar é prestar atenção, encantar, absorver, maravilhar-se, cativar.
Exemplo: As obras orquestrais e sinfonias enlevam grandes plateias.


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12 de novembro de 2015

Depois do café: um sorriso







Era uma tarde como essa, muito quente, como muitas sentidas nas primaveras de Porto Alegre ou Poa. Tardes de Feira do Livro. Mas Poa sem acento. Se colocá-lo, fica Poá e esta tarde se transfere para um município do estado de São Paulo, com suas ruas estreitas, praças e muita história para contar. Considerada uma estância hidromineral, a cidade de Poá foi antigamente ponto de parada de tropeiros e viajantes que dirigiam-se à Mogi das Cruzes. Poá é uma palavra de origem indígena, abreviatura de ipiá, que significa "bifurcação de caminhos". Descobri por acaso. Uma vez, coloquei Poa no remetente de uma carta de amor endereçada ao Paraná e o candidato perguntou se eu havia mudado para perto dele. Respondi que a questão era de acentuação. E talvez de limites geográficos...
Mas voltando ao conto. No final da tarde, depois de minha rotina diária trabalhística e após muitos cafés, entrava em casa e lá estava minha diarista. Passando roupas. Camisas. E rindo. Voltava cansada do trabalho, pensando pela rua em alguns problemas e encontrava aquele sorriso. Até hoje me pergunto por que Neli ria tanto ao passar roupa. Principalmente camisas. Enquanto conversava comigo, dava uma parada e continuava a passar. Espichava o ferro na roupa e sorria. Uma gargalhada comprida. Um riso que vinha de mansinho e explodia de repente. 
Hoje, enquanto passo roupa, penso naquela cena de outros tempos. Decerto porque passar roupa faz a gente pensar. Divagar. E tento encontrar a resposta. Enfim, depois de uma longa tarde escaldante, com suor na testa, conclui que ela amenizava os problemas com o riso. Neli ria da vida.



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6 de novembro de 2015

Divagação de sexta sem café: nossos ídolos




Caminho tranquilamente pela Feira do Livro de Porto Alegre. Escolho a fila para receber um autógrafo. Penso em livros e em passar antes na cafeteria, quando avisto meu ídolo, o músico preferido. É muito estranho e emocionante quando enxergamos tal pessoa. Nossos ídolos. As mãos tremem. Se a xícara de café estivesse nelas teria trepidado. A situação fica complicada. Dá um branco, como dizem. Queremos raciocinar rápido, não perder nenhum grão do precioso tempo. Mas parece que nada dá certo. Incrível como uma pessoa como tantas transforma-se numa preciosidade. E isso não tem explicação. E as coisas que não tem motivo, coisas que acontecem do nada, são as melhores, as mais espontâneas e verdadeiras. Desprovidas de poluição ou qualquer sentimento diferente que as estrague. E então, seguindo meus instintos e movimentos, automaticamente pego o celular e registro o momento, vendo mais tarde que a foto saiu tremida...



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