30 de julho de 2013

TERÇA POÉTICA

Mario Quintana nasceu em Alegrete em 30 de julho de 1906.



Em "Baú de Espantos" reuniu 99 poemas escritos até na sua adolescência.

"Oh a alegria do vento desgrenhando as árvores
revirando os pobre guarda-chuvas
erguendo saias!
A alegria da chuva a cantar nas vidraças
sob as vaias do vento...

Enquanto
- desafiando o vento, a chuva, desafiando tudo -
no meio da praça a menininha canta
a alegria da vida
a alegria da vida!"

(trecho de "Família desencontrada"
pág. 39 de Baú de Espantos)

20 de julho de 2013

Um café amigo



Um café pode trazer muitas ideias, vários assuntos, uma sugestão, uma conversa, uma pauta, uma filosofia de vida. Enquanto tomamos um café podemos trabalhar, trocar ideias, criar alguma coisa. Tudo pode acontecer. Um café aproxima amigos. 

Segue o blog... um brinde ao dia do amigo.

16 de julho de 2013

14 de julho de 2013

MOMENTOS NA CAFETERIA

O ERMITÃO

Certa ilha enfeitava a paisagem de uma praia, enquanto lá vivia um estranho ermitão. No bom dicionário ele é um solitário. Essa pessoa vivia muito bem obrigado na ilha, entre coqueiros e uma andorinha que outra. Na mais perfeita paz.
Um dia, apareceu um pacote boiando na praia. Em geral, eram coisas que caiam de embarcações ou uma garrafa, vez que outra. No pacote tinha um celular. O homem olhou aquilo e enterrou na areia. Mas o bicho falava, começou a tocar lá no buraco. Ele o desenterrou e apertou nos botões, sem decifrar nada. O tal celular ficou de lado, até acabar a bateria. Outro dia, outro pacote. Agora era uma caixinha branca, com fios. Apertando e apalpando, começou a tocar uma música, que se ouvia de longe. Cada vez que colocava as pontas do fio mais perto, mais se ouvia. Lá ficou o ermitão, agora não tão solitário e não tendo só o balanço do mar como testemunha. Ouvia outros murmúrios. Som na caixa, o ermitão estava quase um dj, apertando sem parar nas teclas. E para finalizar, outro pacote. Agora a caixa era maior, tinha um pequeno computador lá dentro. Simplesmente ele colocou tudo em exposição, como uma loja, um camelódromo em plena areia.
De repente, uma lancha passou por perto com turistas. Os objetos de longe atraíram o pessoal, que se aproximaram, por pura curiosidade. Acharam o rapaz um homem normal, devidamente aparelhado. Ofereceram emprego como guia turístico porque ele conhecia os arredores todos daquela praia. Aceita a carona, ele topou largar seu paraíso. Deu adeus à ilha, prometendo um dia voltar.
Dizem que o ermitão pisou em terra firme e nunca mais voltou. Foi visto tomando chope num bar com amigos, dando voltas num shopping, no supermercado, até já torce para um time da cidade. Mas tem uma coisa que ele não abandona. É visto nas cafeterias da cidade, quando estão mais vazias, com seu laptop . Fica olhando a tela, pensando longe. Volta e meia, baixa a cabeça e escreve. Não sei o que digita, mas está no seu mais velho estilo ermitão. Não presta atenção em quem passa, absorto, ele se desliga da paisagem contemporânea.
A ilha? Ficou para trás. Está no mesmo lugar fazendo companhia para a andorinha. Mas o mundo...esse gira.

 
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8 de julho de 2013

Som de primeira no kit de segunda

Essa música inspira algo como reinício, recomeço ou algum prefixo qualquer. Não sei se encontrei a palavra certa. Mas causa uma certa empolgação.
É o meu som de segunda-feira.




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7 de julho de 2013

Domingo chuvoso

Canção da garoa

Em cima do telhado
Pirulin lulin lulin,
Um anjo, todo molhado,
Soluça no seu flautim.


O relógio vai bater:
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
Fica olhando para mim.


E chove sem saber por quê...

E tudo foi sempre assim!
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...

Mario Quintana (do livro "Mario Quintana-Poesias")



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6 de julho de 2013

Cena de filme

Às vezes nossa vida parece um filme. Um enredo dos filmes que vemos. Estaremos em lugares e momentos inesperados, inesquecíveis, amando de forma especial, provando iguarias e rezando para que tudo dê certo.
E contamos com quem aparecer nessa trajetória, com os amigos, com nossos amores, com os gourmets que fazem com que a vida tenha um novo sabor.
Nossa vida se confunde com todas as histórias que presenciamos. Somos ora espectadores, ora protagonistas.




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