27 de agosto de 2010

IDEIAS NA FILA




As gerações passam eternamente por filas. Escapam de umas e caem em outras. Denominadas de um tempo para cá por letras, em alguma delas vamos nos enquadrar. Por exemplo, pessoas nascidas entre 1970 e 1980 são "X", os quais participaram do surgimento do computador. Geração "Y", nascidos entre 1980 e 1990, esses jovens são espertos, ousados e antenados na expansão tecnológica. Já a geração "Z", nascida a seguir, em pleno mundo virtual, sob o verbo zapear, são acostumados a interagir com tudo.
Afinal, com que letra eu vou? Na classificação, sou da geração "Baby Boomer", uma letra B, com certeza mais no início da ordem alfabética. Nascidos entre 1946 e 1964, geração que se criou vendo o surgimento da tv, tive direito a assistir Bonanza e sofrer influências de vários ídolos do rock and roll.
Hoje em dia, essas classificações convivem e se adaptam, cada um a sua moda. Conselhos de uns, novas ideias de outros, vamos vivendo nossas vidas através desse eterno aprendizado.
Os novos, escaparam de filas bancárias com o aparecimento de práticos terminais. Acho que não teriam mais paciência mesmo. Ao mesmo tempo, eles têm todo o tempo do mundo, por exemplo, para a fila de um show, de uma balada. Ali esperam horas e e horas, fazem amigos, mesmo que não consigam entrar no local esperado. Outras gerações, já dispensam filas, quando as olham, desistem. E vão atrás da praticidade.
Eu, por exemplo, enfrento fila de autógrafos, por uma boa causa. Ocupei o último lugar nos autógrafos do show "Autorretrato" de Kleiton e Kledir. Consegui uma foto de carona na câmera de alguns amigos que conheci naquele espaço de tempo e valeu muito conversar com essa dupla.
A verdade, é que nesse diversificado mundo, uns esperam, outros almejam o melhor lugar, enquanto alguns furam a fila.
Segue o blog. A fila anda.

22 de agosto de 2010

NA PRATELEIRA

Algo que encanta é uma prateleira de livros, uma estante organizada, no seu mais diversificado colorido, atraindo olhares e a mão que busca a sabedoria. Livros podem até decorar, empilhados em mesas, em cantos de salas, com objetos por cima, no mais escultural adorno.
Um dia num hotel me encantei com sua disposição. Estavam acomodados em um armário antigo, ao lado de um computador. Enquanto esperava para usar a internet, comecei a folhear alguns. O armário ficava com as portas abertas, como um objeto de decoração, uma cristaleira transparente, recheado de livros. Até esqueci da minha vez porque o lugar convidava a me demorar por ali.
Isso me fez lembrar dos ensinamentos de uma professora de violão, que tentava sem cansar ensinar seus alunos. Uns mais chegados à música, aprendiam logo, outros remavam com dificuldade. Depois de um tempo, ela deu uma dica. O violão usado nas aulas ficava guardado, fechado numa capa, com um fecho. Ela sugeriu deixá-lo na sala, por onde todos passam, acomodado pelo sofá, mas sem a grossa capa. Todo mundo que andava por lá, dava uma parada e dedilhava o objeto, muitas vezes esquecendo um pouco outros compromissos. E aquele aluno atrapalhado, progrediu.
Assim são tantas coisas em nossas vidas. Disfarçadas, encapadas, impossíves de tocar, são difíceis de chegar até nós e encontrarmos o seu valor devidamente reconhecido.

21 de agosto de 2010

IDEIAS NO E-MAIL


Não tenho tanto tempo para escrever assim. Quando criei o blog, pensei nisso, que não seria dedicação o tempo todo. Muitas vezes minha inspiração vem lá pela noite, mas durante o dia vejo tanta coisa que pode ser um assunto, até caminhando na rua. Esses dias, correndo como sempre, depois do almoço, me deu vontade de escrever e não podia. Então rapidamente escrevi uma sinopse no meu e-mail e mandei para mim mesma. Parece loucura, mas à noite, quando me sentei no computador, abri minha caixa e estava lá uma mensagem para a Marisa. De mulher pra mulher...Mariiiiisaaaaa...rsrs E lá encontrei meu assunto do dia, como uma manchete, pura e simples, como eu havia pensado na hora. Sem poluição, sem atribulações do dia a dia, sem transformações que ocorreriam no decorrer do período ou ideia perdida.
É o que acontece muitas vezes com a internet e a informação, que chega transformada para a gente.
Passar um e-mail para você mesmo seria considerado um cúmulo da carência, talvez. E não repassei, não encaminhei nada. Tudo foi por uma boa causa.

18 de agosto de 2010

NA BIBLIOTECA


Aconteceu quando estava desempregada, alguns anos atrás. Abri o jornal logo cedo e havia um pedido de voluntários para a Biblioteca Pública do Estado. Logo me inscrevi e depois de uma semana fui chamada. No dia seguinte lá estava eu em um de meus habitats preferidos, no meio dos livros. O ambiente antigo, com aquela bela escada, me levou ao coordenador. Eu poderia escolher o turno e quantas horas iria trabalhar. Escolha livre, fiquei trabalhando à tarde e fui colocada no espaço multimídia.
Nesse setor, as pessoas se cadastravam e poderiam utilizar os computadores por um tempo. Uma lan house gratuita. Aparecia gente de todas as idades, principalmente jovens pesquisando para a escola. Eu ajudava dois estagiários, pessoal de faculdade. Nesse mesmo local eram disponibilizados vídeos de documentários, também utilizado para pesquisa. Ali fiquei por um bom tempo, fiz amigos, ajudei bastante o pessoal.
Um dia, uma funcionária fez aniversário e na saída apareceu seu filho. O garoto olhou para mim e questionou:
- Disseram que você trabalha aqui e não ganha nada...
O menino ficou parado na minha frente, com cara de interrogação, esperando minha resposta.
Comecei a lembrar dos momentos que passei ali. Quando subia aquela escada enorme para ir ao toilete, admirava o pé direito daquele lugar. Aproveitava para espiar o setor de cima, que era só literatura do Rio Grande do Sul. À tarde, pelas mesas antigas, pessoas liam não só livros, mas jornais e revistas. Eu ajudava o setor do lado também , quando tinha alguém que não conseguia achar um livro. Tinha um elevador antigo... tanta coisa que poderia ter acontecido ali, em outros tempos, no centro da cidade de Porto Alegre. A biblioteca, parecia tão antiga, mas trazia muita coisa nova para mim.
O menino continuava a me olhar, mas a sua mãe o puxou pela mão. Enquanto ele se afastava eu pensava no salário do qual ele me questionou. Uns dias depois me chamaram num emprego, me despedi daquele lugar já deixando saudades.
A resposta ao garoto veio de relance. Estive ali todo tempo fazendo o que gosto. Isso não tem preço.

15 de agosto de 2010

SALTO DE IDEIAS

Sexta-feira à noite assisti no teatro Renascença a peça "Sobre saltos de scarpin", baseada nas obras "Mulheres" e "Jogo de Damas" de David Coimbra, uma agradável e divertida adaptação dos livros do autor ao teatro. O elenco é muito vibrante, interagindo com humor e criatividade no palco, prendendo a atenção da plateia do início ao fim do espetáculo.
Em cena, através de diálogos e muita movimentação, vivenciamos as obras do autor, que sempre nos brinda com seu estilo criativo, mesclando conhecimento com bom humor.

Por falar em conhecimento, podemos encontrar um interessante vocabulário através de seus textos, o que faz aumentar o banco de palavras. Em cena, foi citada por exemplo a palavra "oloroso", que significa cheiroso, perfumado. Se você se deparar com um bolo oloroso, não é horroroso não... pode provar sem receio algum.
Segue o blog. Segue temporada de 15/08 a 05/09 - sextas, sábados às 21 hs e domingo às 20 hs.

O ANTES E O DEPOIS

Como aquelas fotos que as pessoas tiram antes e depois, numa verdadeira transformação. O que a gente fazia antes, a não ser escrever diários, que ficavam guardados a sete chaves e ninguém jamais poderia ler. Páginas e páginas de cadernos, blocos perdidos nos cantos de nossa vivência. Enquanto escrevo meu blog penso nisso. Mesmo que eu não queira, as palavras são salvas no automático. A ordem é não rascunhar e sim, publicar. E suas ideias tecem na internet uma rede de sentimentos, de olhares. E pode-se até saber o que os outros acham da gente. Great! Exposição total.
Mas tudo na vida nem sempre é completo. Quantas ideias você tem sobre as coisas, sobre os outros, que ninguém jamais saberá. Já inventou-se muita coisa, mas ler o pensamento, em princípio, não ainda. Quando achamos alguma coisa, gostamos ou não de algo ou de alguém, ainda podemos guardar esta opinião para nós mesmos. Então, me parece que pelo menos um quarto de nossos pensamentos continuem guardados em segredo. Temos o controle de certa parte. Ainda podemos rascunhar.

9 de agosto de 2010

DO NADA

A inspiração é algo tão incrível quando não se sabe de onde vem. Eu a encontro muitas vezes nas esquinas, andando pela rua, na música ou até numa palavra dita por alguém. E se não a enfrento na hora, posso momentaneamente perdê-la. E encontrá-la lá adiante, quase fugindo de mim. Tem gente que a estoca, feito formiga no verão. Aquelas que vão na trilha, guardando o alimento ou sabe se lá o que elas tanto carregam. E quando chega o frio, quando é impossível transitar, a despensa está cheia. Enquanto outros, preferem colhê-las diariamente.
Quantas cenas vimos, ideias tivemos, pensamentos no infinito, que na hora não dasabrocharam. Até por falta de tempo. Mas eles esperam pela gente, pelo dia em que começaremos a digitá-los, escrevê-los de tantas formas. Acho que já esbarramos em tanto sentimento. Estávamos distraídos, nem sequer o vimos. Mas em algum momento ele virá ao nosso encontro, do nada, sem nenhuma explicação. Bendita. Bem-vinda inspiração.

8 de agosto de 2010

TODO PAI FAZ PARTE DESSE CAMINHO

Parabéns a todos os pais que fazem parte de nossas vidas, nos orientando com seus conselhos, nos dando carinho, apelidos, todas formas de amor e tudo de positivo que faz parte dessa relação e que, como diz a música, fazem parte de nossos caminhos.

1 de agosto de 2010

IDEIAS POÉTICAS


Mario Quintana nasceu a 30 de julho na cidade de Alegrete.
Quando trabalhei há anos atrás no centro de Porto Alegre, tive oportunidade de vê-lo andando pelas ruas, na Feira do Livro e de falar com ele . Mandei muitos cartões de aniversário com meus escritos. Se fosse hoje, mandaria um e-mail ao poeta, talvez. Registro então a minha admiração por ele, que faz parte sempre de minhas leituras. O que gosto no poeta, além de sua bela inspiração, é o humor, sempre bem representado com definições e comentários. Como Quintana definiria um e-mail? E o que acharia do que li no jornal sobre o movimento "slow reading", que incentiva a leitura na sua mais antiga forma?

No livro "Ora bolas!", o humor de Mario Quintana encanta através de 130 historinhas compiladas e adaptadas por Juarez Fonseca. O autor conta que o poeta precisava fazer seu imposto de renda na época e, atrapalhado, pediu ajuda a um colega. Então, reuniu a papelada e passou ao amigo. Feita a declaração informatizada, Mario agradeceu pelos préstimos com seus espirituosos versos.

O NASCIMENTO DE UM BLOG

Finalmente criei um blog.
Tenho alguns escritos arquivados e outras novas ideias, que espero desenvolver. Escolher o nome, criar um blog, é como um filho. No início só fiquei "namorando a barriga" e então pedi para uma pessoa mais entendida me ajudar a colocar minhas ideias em prática.
Portanto, agradeço a colaboração de Érica Kamisaki, que me orientou com toda a sua criatividade e definitivamente fez essa ideia nascer, sendo inclusive a minha primeira seguidora através de seus blogs. Espero criá-lo de uma boa forma, mas sei que filhos nascem e percorrem um longo aprendizado no mundo.
Mas vamos lá, mão na massa!