31 de dezembro de 2014

FELIZ 2015!


                Que em 2015 você consiga brindar a vida de qualquer forma!!




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30 de dezembro de 2014

BANCO DE PALAVRAS ( 4 )


O banco de palavras segue com: freme, contígua, pictográfica e renhido.


O mundo freme pelo dinheiro, ou seja, vibra, estremece, se agita.


Uma luta pode ser renhida. Luta sangrenta.





A expressão "ledo ivo engano" encontra-se também por lá e é bem interessante. A palavra "ledo" significa alegre, contente, mas um ledo engano tem a ideia de ingenuidade, despercebimento, ou seja, trata-se de um engano inocente. A expressão pode ter nascido de uma passagem de Camões, em "Os Lusíadas".




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29 de dezembro de 2014

BANCO DE PALAVRAS (3)




TRÁGICO ACIDENTE DE LEITURA

"Tão comodamente que eu estava lendo, como quem viaja num raio de lua, num tapete mágico, num trenó, num sonho. Nem lia: deslizava. Quando de súbito a terrível palavra apareceu e ficou, plantada ali diante de mim, focando-me: ABSCÔNDITO. Que momento passei!..."
MARIO QUINTANA (do livro "Poesias")

A palavra abscôndito significa algo obscuro, escondido.


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28 de dezembro de 2014

BANCO DE PALAVRAS (2)

A palavra é... CORUSCANTE.


O significado de coruscante é brilhante, radiante, esplendoroso. Um sorriso pode ser coruscante. Um anel que você ganhou pode ser também e guardar no brilho de sua pedra uma eterna boa lembrança. Aquele elogio que você recebeu pode trazer um novo tom a sua vida. O elogio radiante arrasta com ele sabores e mensagens de grande valia.
Você transforma o dia conforme seus atos, seu sorriso. A cada um cabe lapidar e aperfeiçoar sua vida.



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27 de dezembro de 2014

BANCO DE PALAVRAS (1)

Tenho muitos amigos que estão envolvidos com vestibular e concursos, que ainda têm alguns obstáculos pela frente.
A procura do significado de cada palavra parace trabalhosa, mas traz benefício na hora do uso do vocabulário.
Então, para ajudá-los, darei todas as definições, pela questão do tempo. As palavras escolhidas funcionam como nas palavras cruzadas, com grau fácil, médio ou difícil. Descubra o seu.
Seguem mais listas do dicionário, sem ordem alfabética, pelo simples fato de ser assim que as encontramos pelo caminho.

Verossímil, inconteste, urdir, cálido, agastado, calcar, extirpar, alvissareiro, atilado, abalizado, desmazelo, estratagema, basto, indolência, ovacionar, apupar, plangente, aprazar.


"Verossímil" é algo semelhante à verdade, que tem aparência de verdadeiro.
"Inconteste" não admite discussão.
"Urdir" significa enredar, tramar, maquinar.
 E "cálido" é quente, ardente.
"Agastado" é zangado, irritado.
O significado de "calcar" é pisar, comprimir. "Extirpar" é arrancar, destruir.
"Alvissareiro" é auspicioso, prometedor.
"Atilado" é esperto, inteligente.
"Abalizado" significa marcado, ajuizado.
Já um "desmazelo" é um desleixo, um desalinho, um descuido.
"Estratagema" é manha, astúcia.
O significado da palavra "basto", por exemplo, é espesso, compacto.
"Indolência" é apatia, desânimo, preguiça.
Quando aplaudimos ou aclamamos estamos praticando o ato de "ovacionar".
"Apupar" significa vaiar ou escarnecer. Em tempo..."escarnecer" significa caçoar, criticar.
"Plangente" é lastimoso, triste, choroso.
"Aprazar" pode ser marcar, designar, convocar ou combinar, adiar, ajustar, citar.


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25 de dezembro de 2014

22 de dezembro de 2014

Segunda inspirada


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Dicionário de Natal

 Panetone é um alimento tradicional da época, de origem milanesa, do norte da Itália. Várias lendas tentam explicar a sua origem. O pão doce de Natal possui fragrância discreta de baunilha e recheio de frutas secas tais como damasco, laranja, limão, figo, maçã, cidra e a uva passa.




Lendas
Uma antiga lenda diz que o panetone foi criado no século XVII por um padeiro da região da Lombardia chamado Toni, que se apaixonou por uma moça e para impressionar seu sogro criou uma nova receita de pão recheada com frutas cristalizadas. Com o tempo, esse pão recebeu o nome de "pao di toni" ou seja o pão do Toni, que atualmente é chamado de panetone.


A palavra panetone (do italiano panettone) tem sua origem no vocábulo milanês panattón, de origem e significados controversos.


#dicadokit: presentear o amigo secreto com um panetone. Se você receber esse simples mas gostoso presente, é bom saboreá-lo acompanhado de um café, vendo um bom filme ou lendo um  livro.


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21 de dezembro de 2014

Mais uma de Natal


A porta do apartamento estava aberta. Todos aguardavam a entrada triunfal do Papai Noel. Até os adultos se emocionaram e a criança aguardava ansiosa a entrega de uma mochila.
Quando o bom velhinho entrou, a sala ficou em silêncio por um instante. Ele falou palavras bonitas e entregou presentes a todos. A criança o observava com o rabo dos olhos, meio envergonhada, mas ao mesmo tempo aceitava o tão esperado presente. Quando estava se despedindo, toca um celular no bolso do Noel. Todos se olharam. Havia outras entregas a chamá-lo naquela noite. Ele explicou a pressa. A criança achou normal o celular tocando. Nada desmanchou a fantasia e todos ficaram pensando. Quem sabe ele cruzou o céu com suas renas. Quem sabe...


Segue o blog...houhouhou

Remember de Natal





Era uma vez um peru natalino.
Ele foi assado tal qual faz o Anonymus Gourmet, planejando, narrando a preparação, só faltou uma música de fundo. Depois de pronto e dourado foi colocado em cima do balcão da cozinha, onde as crianças rondavam. Mas aí está o erro. As crianças brincavam e ninguém prestou atenção num gatinho que se esgueirou pela janela. Veio de mansinho e vupt! Abocanhou a  perna do peru,  puxando até arrancá-la e levá-la de brinde. A cozinheira descobriu, se apavorou. Mas uma criança esperta observava a cena enquanto brincava com seu carrinho. Enfeita dali e daqui, o peru ficou ótimo. Disfarçado, levando mais decoração que a própria árvore.
Na hora da ceia, todos concentrados, convidados chegando. O convite foi feito para todos se aproximarem. As crianças vieram correndo. O menino, com sua simplicidade, espontaneidade infantil contou rapidinho para todos a verdadeira história do peru e do gato. As crianças riram baixinho.
Os adultos se olharam, avermelharam, disfarçaram, tossiram.
A cena natalina seguiu sem maiores entendimentos...
Bom Natal!!


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14 de dezembro de 2014

Sou fã

Passamos o ano inteiro sendo fã de coisas que já conhecemos. E cada vez mais torcemos por elas. Em certos momentos, descobrimos outros motivos para  gostar ou amar algo de forma especial. Somos fãs de pessoas, de amigos, de livros, escritores, artistas, músicas. Fã daquela novela. Até chegar ao final do ano e descobrir que somos fãs do mar. Talvez porque não o vemos muito. Coisas que estão bem perto ou tão distantes da gente. O bom é chegar ao final do ano descobrindo que somos fãs de nós mesmos.




 
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7 de dezembro de 2014

Mais uma história de Natal



ENTRE LIVROS

Saindo da cafeteria, sigo pela avenida iluminada. A cidade tem seu toque de Natal nesse início de dezembro. Apesar do dia tão quente, a noite promete ser mais amena, devido ao vento. Ando distraída, pensando longe. No automático. Meu olhar observa as vitrines. E chega a um cenário especial. Entre tantas da rua, aquela chama minha atenção. Ao contrário de luzes chamativas, dois abajures iluminam o ambiente. É uma loja de móveis. Na vitrine foi montado um quarto super moderno. Daqueles que sonhamos ao olhar. Com dois abajures, como se fossem enfeites de Natal brilhando na escuridão.
Então, deparei com um detalhe. Enxergo um homem encostado na parede, ao lado da vitrine. E para meu espanto ou agrado, tem nas mãos um livro. Aproveitando a luz, ele lê tranquilamente na rua. Desligado dos barulhos do trânsito e tudo mais. Foquei naquela cena. Lembrei de minha fila de livros que esperam ao lado da cama. Muitas noites o cansaço me vence, não consigo organizar a leitura.
Continuo meu caminho. Passo por outra vitrine, agora muito iluminada, chamativa, clara. Uma árvore enorme, enfeitada com bolas vermelhas e douradas complementa o ambiente natalino. Ela cairia bem numa cidade distante e fria. Com neve. Mas essa não tem nenhum protagonista.
Entro em casa e vou em direção ao quarto. Apanho o livro que deixei inacabado, ainda com a página derradeira marcada. Pretendo terminá-lo essa noite, à luz do meu abajur.


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3 de dezembro de 2014

De volta

Um som nessa quarta.
Para animar a madrugada de quinta. Do filme "About time".




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12 de novembro de 2014

Tudo registrado

Um intervalo no assunto Feira do Livro para curtir um som.
Agora gostamos de filmar, fotografar o momento. O amor vira filme, poesia, música, alegria. Tudo devidamente registrado na memória...




"Por quanto tempo vou te amar?
Enquanto as estrelas estiverem em cima de você
E por muito mais tempo, se eu puder."




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7 de novembro de 2014

Na Feira do Livro (3)


ACONTECEU NA FILA

Dia abafado em Porto Alegre. Chove um pouco mas logo encontro a praça de autógrafos. Em meio ao calor de uma tarde de novembro, uma voz simpática me indicava onde começaria a fila. Era um garoto moreno, simples e educado. Quando a fila andou um pouco ele me questionou se o autor autografaria mais de um livro, quando me observou com dois títulos nas mãos. Respondi que achava que sim. Ele rindo falou que faltou verba para comprar outros. Primeiro encanta, depois surpreende. Até deu vontade de perguntar quanto faltou em dinheiro para mandá-lo voltar a uma banca mais perto. Mas a fila andou e a conversa se perdeu no trajeto. Entendi que o seu nome era Marlon. Lembrava até um jogador de futebol, era uma figura diferente na multidão. Depois de conseguir o autógrafo, lá foi ele faceiro, com a sacolinha do livro balançando pelo caminho. Simplicidade e felicidade caminhavam juntas, ao tom da realização. Pensei na sua emoção naquele momento. Feito, Marlon!!! Mesmo assim cumpriu sua meta. Belo gol. Em todos os sentidos...
Quase fim de feira. Sentada na praça de alimentação comentei sobre o garoto. Reli sua história, que ficou guardada na memória.




 

Segue o blog. E minhas histórias na Feira...

6 de novembro de 2014

Na Feira do Livro (2)

Férias. Feira do Livro. Filas. Fernando Pessoa. Firme e forte. Felicidade. De quantos efes precisarei para descrever os 60 anos de feira...fico pensando.
Comprando livros, esperando autógrafos, com boas lembranças e novas ideias, encontrando amigos, escritores, garimpado as bancas, ouvindo a voz da moça que anuncia a programação, tentando achar as cartas de Fernando Pessoa à Ofelia, conferindo as #ficaadica de livros dos amigos, registrando imagens, pensando poesia e andando sem pressa pela praça...
Em meio a tudo isso, alguém pergunta:
- Quantas vezes você já foi na Feira do Livro esse ano?!!
Respondo:
- Três ou quatro...amanhã acho que vou novamente.





"Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim co"a alma minha se conforma,

Está no pensamento como ideia;
[E] o vivo e puro amor de que sou feito,
Como matéria simples busca a forma.!"


(trecho de poema de Camões)


Segue o blog e a Feira do Livro até 16 de novembro na Praça da Alfândega em Porto Alegre.





5 de novembro de 2014

Na Feira do Livro (1)

A FILA ANDA...

Porto Alegre. 35 graus. Ela andava perto da Praça de Autógrafos, em plena Feira do Livro, quando perdeu a alça da sandália. Procurou por tudo. Passava o olhar pelo chão, andando em voltas. Tanto girou, que naquele calor chega a tontear. De repente, avista a tira de couro, apanha-a e tonteia de vez. Acha que é  a pressão. Consegue sentar na primeira cadeira que enxerga. Baixa a cabeça, ajeita a sandália. Quando levanta o olhar, enxerga uma pequena fila que forma-se a sua frente. Olha a placa, atrás da mesa e lê: "Ana Maria Santos Kilda". Nunca ouviu falar, mas a moça que sorri sem parar para ela, acho que ouviu. Quando vai balbuciar alguma coisa e tenta explicar, a moça atropela a fala e coloca um livro na sua frente:
- Como esperei por esse momento!!!
- Esperou? diz ela.
- Sim, para conhecer a autora. Seus romances estão cada vez melhores.
Ela começa a entender. Vai tentar falar novamente, quando alguém lhe estende a mão, alcançando uma caneta.
- Está aí...pode autografar.
- Mas...
- Sem mas...não seja tão humilde, aposto que escreveu tudo isso na viagem.
- Viagem? diz ela cada vez mais apavorada.
Aqueles instantes viraram momentos de terror. Mas onde será que anda essa Ana Maria sei lá das quantas!!
E a moça, sem quase respirar continuava:
- Decerto foi naquela viagem de Portugal.
- Eu nunca fui a Portugal, pensa a mais nova escritora. Atualizando o pensamento é um #sonhodeconsumo.
- E também o romance com aquele desconhecido, que você encontrou na cafeteria, deve ter sido verdade...
Foi quando chegou a Ana Maria. Esbaforida. Trazendo a bolsa quase desabada no braço, livros, caneta. Suando as bicas. Ajeitando o cabelo.
- Desculpe o atraso, pessoal!!
A primeira da fila não entendeu nada. Só viu um vulto de mulher sumindo pela escada da Praça de Autógrafos. A escritora, desdobrando-se em sorrisos, apontava para os leitores e dizia:
-  Venham, venham!! Serei rápida, que venha o primeiro. Quer tirar uma foto?
Selfie... Podes colocar no face!!!



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31 de outubro de 2014

60ª Feira do Livro de Porto Alegre

VEM PRA FILA!!!

"Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, passaram 60 anos." (de "666" de Mario Quintana)

A Feira do Livro completa 60 anos de Praça da Alfândega. Aproveite!!!


A SAUDOSA FILA

Não há como lembrar de uma Feira do Livro, sem recordar o poeta. Tenho alguns autógrafos  de Quintana e a grata lembrança de ter falado com ele. Um dia, numa fila de autógrafos, parei na frente do poeta e disse meu nome, esperando a dedicatória. Ele levantou os olhos e perguntou:
- Marisa com s ou z?
Com certeza o autógrafo que tenho hoje no livro "Esconderijos do Tempo", autografado em 13/11/1981, guarda a forma carinhosa e correta de escrever meu nome.
A foto mostra Mario Quintana, o patrono da Feira do Livro de 1985 em Porto Alegre.



"Se a figura de Carlos Drummond de Andrade está soberanamente de pernas cruzadas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em estátua de costas ao mar, o poeta ficou desta vez em pé, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. Quem está sentado é Mario Quintana. A escultura criada por Xico Stockinger reúne os dois poetas, no coração e centro da capital gaúcha, onde é realizada a tradicional Feira do Livro."


Segue o blog...Feira do Livro de Poa: de 31 de outubro a 16 de novembro.

19 de outubro de 2014

#ideias


Quando comecei a estruturar o blog em 2011, coordenada pela amiga Érica, a gata Branquinha circulava em volta da gente. Passava pelo teclado, andava em torno  de uma caixa de bombons que estava perto do computador. Ela parecia querer chamar a atenção, enquanto estávamos ligadas em outras coisas, em ideias para o blog funcionar. 
Confesso que até hoje quando estou desenvolvendo minhas ideias preservo o silêncio. Gosto de acordar cedo, preparar um café e escrever em paz. Ou ficar acordada à noite quando vem a inspiração. Em outros dias, preciso de trilha sonora. Tenho achado muitos escritos meus de anos atrás. Lido e relido. É interessante rever coisas, ver o que mudou, que talvez na sua essência não mudaram. E observar o que podemos aperfeiçoar. Gosto de reciclar meus posts.
A vida, movida pela inspiração e novas ideias, circula em nossa volta.

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3 de outubro de 2014

Claquete de sexta

Do filme "Mesmo se nada der certo" com Adam Levine...


"Será que todos somos estrelas perdidas
tentando iluminar a escuridão?"
 

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4 de setembro de 2014

Uma certa manhã de setembro


Setembro finalmente. E até então, Porto Alegre segue meio nublada. Ventando. Mas temos esperanças, com previsões para 10 dias. Há de vir uma frente fria e seca que trará com ela uma bela manhã de setembro. Deu um céu tão azul, de brigadeiro, como dizem. Esta é uma antiga esperança que guardamos com a gente porque setembro e a primavera sempre foram cantados em músicas, que rondam nossa memória. E, muitas vezes, algo nos surpreende porque a natureza também pode ser imprevisível.
Portanto, se encontrares a verdadeira manhã de setembro, não a deixe escapar de seu olhar, guarde-a na memória, aprisione em seu coração esse momento. Se precisar, perca uns minutos de seu trabalho, de suas atividades diárias e a observe. Aproveite. Caminhe por ela. A esperança é que até a semana que vem ela será encontrada.
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30 de agosto de 2014

Um sábado um tanto inspirado

Mais um poema...


Flor que não Dura

Flor que não dura
Mais do que a sombra dum momento
Tua frescura
Persiste no meu pensamento.

Não te perdi
No que sou eu,
Só nunca mais, ó flor, te vi
Onde não sou senão a terra e o céu.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"



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24 de agosto de 2014

Neve sem instagram

Escrevi esse texto um tempo atrás e compartilho hoje com você.
Num dia quente na cidade de Porto Alegre em pleno inverno...


Cenário: rua da Praia, quase esquina Caldas Jr. Numa tarde do dia 24 de agosto de 1984. Havia me formado e começava no emprego novo. Sabe como é começar, o escritório era imenso. De repente, alguém anunciou a neve. Todo mundo correu para as janelas da Andradas. E ficamos todos ali parados, quietos, nariz no vidro. Paramos de trabalhar, inclusive o chefe. Coisa nunca vista nas paragens. Caia neve em Porto Alegre. Naquele instante ninguém fotografou nada, nem tinha instagram, nem mesmo um celular para filmar. Avisar alguém no facebook, nem pensar. Não existia nada de tão moderno perto de nós. Então, desprovidos de qualquer sinal, sem wireless, sem nem sonhar que um dia existiria internet, filmamos com nossos olhos a paisagem, inesquecível. Fizemos um zoom com nosso olhar. Enxerguei um pouco da praça da Alfândega com neve, imagina se fosse Natal...
O tempo foi imenso para nós, mas a neve não durou muito.
Salvei essa imagem até hoje na memória.







Segue o blog...compartilhando a lembrança do site da ZH de hoje.

Sem mais...nesse domingo

 
#resposta
 
 
 
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10 de agosto de 2014

Domingo dos pais



Só fui uma vez na minha vida em Gre-nal no Beira-rio. Levada pela mão do meu pai. Achei aquilo tudo tão agitado naquela arquibancada. A torcida jogou algo que parecia um talco e papel picado, não vimos os minutos iniciais do jogo. Enquanto a nuvem baixava, ele apertava a minha mão. Lembro que meu pai não importava-se em me levar. Mulheres não frequentavam muito os estádios. Lembro que era nos anos 60. Ou foi 70? Não lembro do escore, acho que empatou. Quase recuei ao convite para ir ao estádio do co-irmão. Mas meu pai me falava em fé, em acreditar. Coisas que a vida me ensinava aos poucos. Uma vez, acho que foi o Tarciso que disse que estava cansado de perder pro Inter...e eu me energizava na tal fé e seguia em frente. De repente, ouvindo essa música que um pai fez para um filho, lembrei de tudo isso e achei que ela tinha sintonia com o esse domingo. Azul, vermelho pelo espelho, a vida vai passar...bem que o técnico poderia mexer nas peças certas do tabuleiro do jogo.
E assim virá a segunda-feira. A quarta, quando virão outros jogos. E o próximo final de semana. E os próximos grenais, de tantos que já passaram junto a minha fé.

Segue o blog...#felizdiadospais

3 de agosto de 2014

27 de julho de 2014

CAPUCCINO COM TRILHA


REENCONTRO

Domingo. Aquela manhã seria a realização de um sonho. Ela está na expectativa. Pega o carro, entre paisagens. Cinco graus. Tudo está gelado mas viajar é sempre interessante. Quando saímos fora da rotina temos novas sensações. É um dia frio de julho. O céu em tom azul. As ruas da pequena cidade estão pintadas como numa tela. A cafeteria está lá, naquele mesmo lugar. Nada mudou. Nem os sentimentos mudaram. Lembra do último encontro naquela mesa de sempre. Uma lágrima escorre pelo rosto. E depois, tantas outras, até o tempo passar tão rápido. Como sempre. Mas não tão rápido que conseguisse fazê-la esquecer aquele lugar, os amigos, o antigo amor. Ela senta na mesa, pede um capuccino. Olha para o lado e sente alguém se aproximando. É ele. Suas mãos tremem. O sentimento é incontrolável. O amor também. Paixão assim, não acontece todo dia.

Ouça a trilha sonora do conto...

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26 de julho de 2014

MINICONTO DE CAFÉ EM PELOTAS

NO AQUÁRIOS


Naquele dia o caminho foi longo. Percorreu as ruas de Pelotas, passou pela praça, pelos mesmos prédios. Mas o trajeto parecia sem fim até a cafeteria. Pensava muito enquanto caminhava. Precisava de um café para arrematar aquela tarde fria do inverno gaúcho. Avisaram que iria gear, cair neve. Ela não importou-se. Enquanto andava esfregava as mãos, nem as luvas pareciam ajudar. Usava manta, touca de lã, tudo que tinha direito no frio intenso que transformara a paisagem daquela cidade, suas manhãs e a hora de levantar. Tudo congelou de uma hora para outra.
Quando virou a esquina enxergou a imagem da antiga cafeteria. Só as lembranças foram como que descongelando, pensou em tudo que aconteceu. Como é difícil o final do amor. É cruel. É frio. Mas foi preciso. Tinha que voltar aquele lugar. Sentar na mesma mesa. Cair na realidade. Sabia que tudo acabaria com o tempo.
Imaginava um expresso com pão de queijo. Ele a acompanharia nas suas ideias. Dupla infalível para seus novos projetos. O café do Aquários seria um ponto de partida, como toda cafeteria. Naquele lugar vagam pensamentos entre as mesas, sorrisos, conversas, decisões, na eterna informalidade de um delicioso café.








Segue o blog...uma homenagem ao café do Aquários em Pelotas/RS


22 de julho de 2014

Ideia de terça

I hope you understand...é uma expressão que serve para qualquer situação.
Espero que você entenda que o amor acabou, que estou amando novamente, seu time perdeu, ganhou de goleada, que a novela terminou, que faltou grana, que o compromisso foi cancelado, que faltou luz, que estou feliz, quero um café, que a banda se separou.
Espero que você entenda...



Segue o blog...

20 de julho de 2014

Ideias para o Dia do Amigo




"O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você."
Mario Quintana


"A amizade é um amor que nunca morre."
Mario Quintana



Segue o blog...20/07 é "dia do amigo"

Som dos meus amigos

Remember para o #diadoamigo




 
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Dia do amigo



A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Com a chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, ele enviou cerca de quatro mil cartas para diversos países e idiomas com o intuito de instituir o "Dia do Amigo". Febbraro considerava a chegada do homem a lua "um feito que demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis".



Ficou famosa a frase do primeiro astronauta a pisar na Lua, Neil Armstrong: "Um pequeno passo para um homem, um salto gigante para a humanidade".


Segue o blog...FELIZ DIA DO AMIGO!

8 de julho de 2014

Sem conexão mas com paixão




Copa do mundo em Porto Alegre. Ela não conseguiu entrar no voo aquela manhã. Aeroporto fechado para posos e decolagens. Uma nova antiga manchete de jornal. A neblina não a deixaria participar do compromisso de emprego. O destino era São Paulo. Sem problemas, ficaria online, direto na reunião e sentada na cafeteria. Milhares de pessoas circulando. Incrível, tantas passam por nossa vida, mas sempre focamos em alguém especial. Aquela pessoa, entre tantas, é escolhida para ser nosso amigo. Acontece sem querer. Espontanemente. Foi assim que seu futuro amigo sentou na mesa ao lado. Ele pediu uma taça de café com leite. Ótima ideia para uma manhã truncada. Ela o imitou. Ele parecia ansioso. De certo também perdera uma reunião. Espiava para a tela, vendo se ela conseguia sinal. Ela, sem pestanejar, ofereceu o  ipad. Ele agradeceu, queria acessar um site, rapidinho, dois minutos e tudo estava resolvido. Enquanto isso, ela buscou a bandeja com o café fumegante, o dele e o dela. Estavam na mesa 3 e ele pagou. Uma amizade iniciava ali, sem maiores planejamentos, sem previsões, estatatísticas e feedback. Ele a entenderia como se a conhecesse há anos. Ela o aconselharia, como se a vida fosse fácil de resolver. Segundos depois, uma selfie é postada no facebook. Uma paixão. Direto da mesa da cafeteria do aeroporto.


#segueoblog...




26 de junho de 2014

Kit de sexta

Para inspirar a sexta...mais um pouco de Chico Buarque.


"Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração."





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25 de junho de 2014

Foco em Porto Alegre

Porto Alegre vive momentos emocionantes e inesquecíveis nessa Copa do Mundo 2014. A bola rola no estádio e recebemos turistas de vários países.
O futebol gira em torno de tantos idiomas e você pode curtir esse som no blog.
Aprecie...



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21 de junho de 2014

Tricotando no blog


TRICOTANDO NO BLOG...




É inverno...uma delícia tricotar. Em outros tempos o verbo era fazer um tricô propriamente dito...hoje tricotar pode ser também trocar ideias...por exemplo, o "inverno austral" no hemisfério sul tem início com o solstício, que começa no dia 21 de junho. Animais como os ursos hibernam nesses períodos. Outros animais migram para regiões mais quentes. Num dia como hoje em Porto Alegre, chovendo e aguardando a frente fria e seca que chegará amanhã, dá vontade de fazer como os animais.
Tricotando mais um pouco...hoje é o "dia da música". A palavra música vem do grego "mousikê", que significa a arte das musas. O homem conheceu a música e fez dela sua musa inspiradora quando começou a fabricar os instrumentos. E com o tempo foi extraindo o som e escrevendo as letras através da emoção.





Segue o blog...tricotando.

17 de junho de 2014

A conexão continua...




Toda conexão é uma espera, mas pode se transformar ou mudar sua vida. Ela não gostava de esperar o proximo voo, mas era preciso. Procurou uma cafeteria com pão de queijo. Era essencial. As vozes, as chamadas para as conexões, tudo se confundia no aeroporto. Milhares de pessoas com seus destinos programados. Indas e vindas. Partidas e chegadas, como numa música, num filme, numa descrição de um livro. Ela olhou para o pessoal da mesa ao lado, tão alegres, vinham do México. O mais engraçado usava um chapéu, gesticulava, alegrava os outros.
De repente, deparou com um olhar na mesma mesa. Um rapaz, que parecia cansado a observava. Chegou a bandeja, o café, o pão de queijo e a cena continuou. Como todos os aeroportos e suas conexões. E ela distraída, perdeu o voo. E foi parar na livraria do local, entre muitos títulos. Quando encontrou novamente o mesmo olhar, perdido entre livros. E, nesse exato momento, poderia estar encontrando um novo amor. O que prova novamente que um atraso também pode, de certa forma, adiantar a vida da gente.


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16 de junho de 2014

CONEXÃO 0 X 1 CAFÉ




Quando viajei de São Paulo para Porto Alegre, sobre as nuvens, pensava na neblina do aeroporto. Nas conexões que fiz em São Paulo, durante a espera da volta, aproveitei para conhecer novas cafeterias e livrarias. Vasculhei novos títulos e descobri outros sabores de café com pão de queijo. Tive sorte nesse placar. Uma viagem sempre nos faz bem e uma conexão pode atrasar, mas também adiantar a vida da gente, de outra forma. 




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15 de junho de 2014

Som em clima de Copa

Porto Alegre dá a largada para a Copa com o jogo França x Honduras às 16 horas direto do Beira-Rio para o mundo.
A bola vai rolar...e o som aqui no blog também.
 



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13 de junho de 2014

Dica de leitura

Fernando Pessoa nasceu dia 13 de junho de 1888 em Lisboa. Ao longo de sua vida foi empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, mas desenvolveu plenamente sua obra literária em verso e prosa. Aos seis anos foi morar na África do Sul, aprendendo o inglês, onde escreveu poesia e prosa desde a adolescência. Como poeta, desdobrou-se em heterônimos apresentando-se como Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro.

Ao longe, ao luar
"Ao longe, ao luar,
No rio uma vela,
Serena a passar,
Que é que me revela ?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.

Que angústia me enlaça ?
Que amor não se explica ?
É a vela que passa
Na noite que fica."
Fernando Pessoa
 

DICA DE LIVRO: Estou lendo "Cartas a Ophélia", citada como o único amor do poeta. 
"Cada carta é, em si mesma, ou a resposta a outra carta ou pretexto para ela."
Boa leitura!!!



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8 de junho de 2014

Divagação de domingo





Encarangar. Não é coisa só de gaúcho. Está no dicionário, significando encolher. Com este domingo frio que faz lá fora poderemos ficar mais lentos. Acho que vamos aos poucos nos encolhendo mesmo.
Primeiro teremos que pensar em algo para nos aquecer. Adaptamos nossa vida ao frio e vamos acostumando com ele dia a dia. Quando estamos quase amigos, cheios de técnicas, ele se vai. Aproveitamos para sentir o verdadeiro calor humano. Notar quem é pé frio. Sentir o poder de um olhar gélido. De um pensamento frio, calculista. Tomar uma gelada. Dar uma esfriada no namoro. Esquentar as turbinas. Tem gente que aquece os dedos digitando no celular. E pensa num beijo quente, tão quente como o vento das estepes. Quando mandamos beijos na internet tem um significado. Mas quando mandamos um beijo, essa solitária e singular manifestação pode aquecer o coração. Incentivar um amigo, botar lenha na fogueira. Pensando assim, esse inverno não vai ser sopa...virou sopão!
São tantas as sensações da estação. Encontre-as aqui no blog. Fique conectado.


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31 de maio de 2014

E chove...


Chove em Porto Alegre desde cedo. O dia passa lentamente e a chuva é lembrada na letra da música. No olhar, no desejo de retorno, de recomeço. Chuva carrega saudade. A chuva fina inspira...

 
 
 
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11 de maio de 2014

Conto do coração



Naquela tarde chovia sem parar. Ela gostava de sair pelas ruas em dias de chuva. Explorava a cidade que há pouco se estabelecera. Parece estranho, mas era sempre assim. Aquilo lhe trazia inspiração. Mas aquela tarde foi diferente. Ela estava em busca da ideia, da palavra maternal e nada. Andou vários quarteirões, recolheu o guarda-chuva e entrou numa cafeteria qualquer, dobrando numa incerta esquina. Era domingo. Dia das mães. E pela primeira vez estava tão longe da sua. Escolheu uma mesa, e com sorte um café, abrindo a tela do laptop. Santa inspiração que não aparece. E a palavra não vinha. Pensava em desistir...começa a ouvir uma música.
De repente da mesa enxergou algo brilhando no chão. Era um coração, pequeno e com uma longa corrente. Era rosa como todos os corações do mundo. Tinha uma fina moldura dourada. Alguém perdeu aquele acessório. Naquele momento, pensou em tristeza, na perda. Mas também pensou na felicidade do encontro, de achar algo bonito pelo caminho. Sua mente sugeria desilusão. Desamor. Ou um grande amor. Emoção. União. Carinho. Um carinho de mãe. E a palavra coração palpitou muitas outras, batendo forte nas teclas. Digitou rapidamente no whatsapp algumas palavras para sua mãe, que estava lá, no outro lado do mundo. Num ritmo acelerado, motivando o texto, a razão de tudo.
 




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5 de maio de 2014

A cidade, a neblina e o café

Jornal na porta. Aroma de café passado no ar. Na imagem da janela: a neblina.  Porto Alegre amanhece na tradicional paisagem, saudosamente poética nessa segunda-feira. Mas com novas notícias na tela online.
Oito da manhã. Lá vem ela...a neblina aparece aos poucos na cidade entre nuvens.
Uma trilha antiga e sonora rola no blog...



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2 de maio de 2014

Trilha de sexta


Naquela manhã parecia que tudo dava errado. A neblina, a saída dos voos, a mala perdida na última escala, tudo atrapalhava. Tem dias que parece amanhecer ao avesso. A roupa, o cabelo, nada estava no lugar.
Só restava sentar naquela cafeteria de Paris e aguardar. As pessoas se acomodavam, conversavam e, como que distraidamente, ela observava a paisagem francesa. Outros hábitos. Cada lugar tem o seu.
Mas, voltando ao dia, ao atraso, a mala perdida, tudo isso fez com que aquele lugar a acolhesse. E foi lá que passou um bom tempo, esperando o avião partir e finalmente acharem a bagagem. Sentou na mesa próxima à janela. Pegou o notebook. Procurou uma música que gostava muito. Lá naquele ambiente tentou esquecer a correria. Pensou que a música a acalmaria. Ficou sentada, sem pressa. E foi nesse lugar que conheceu um amigo, que lhe ofereceu um café, atenção e carinho. Conheceu um amor que lhe aqueceria por um bom tempo na vida.
Os horários de voo só conseguiram normalizar no dia seguinte. Mas a música nunca parou de tocar, repetindo no play "L'amour".
O amor foi a trilha sonora desse pequeno conto da estação.







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