30 de agosto de 2014

Um sábado um tanto inspirado

Mais um poema...


Flor que não Dura

Flor que não dura
Mais do que a sombra dum momento
Tua frescura
Persiste no meu pensamento.

Não te perdi
No que sou eu,
Só nunca mais, ó flor, te vi
Onde não sou senão a terra e o céu.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"



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24 de agosto de 2014

Neve sem instagram

Escrevi esse texto um tempo atrás e compartilho hoje com você.
Num dia quente na cidade de Porto Alegre em pleno inverno...


Cenário: rua da Praia, quase esquina Caldas Jr. Numa tarde do dia 24 de agosto de 1984. Havia me formado e começava no emprego novo. Sabe como é começar, o escritório era imenso. De repente, alguém anunciou a neve. Todo mundo correu para as janelas da Andradas. E ficamos todos ali parados, quietos, nariz no vidro. Paramos de trabalhar, inclusive o chefe. Coisa nunca vista nas paragens. Caia neve em Porto Alegre. Naquele instante ninguém fotografou nada, nem tinha instagram, nem mesmo um celular para filmar. Avisar alguém no facebook, nem pensar. Não existia nada de tão moderno perto de nós. Então, desprovidos de qualquer sinal, sem wireless, sem nem sonhar que um dia existiria internet, filmamos com nossos olhos a paisagem, inesquecível. Fizemos um zoom com nosso olhar. Enxerguei um pouco da praça da Alfândega com neve, imagina se fosse Natal...
O tempo foi imenso para nós, mas a neve não durou muito.
Salvei essa imagem até hoje na memória.







Segue o blog...compartilhando a lembrança do site da ZH de hoje.

Sem mais...nesse domingo

 
#resposta
 
 
 
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10 de agosto de 2014

Domingo dos pais



Só fui uma vez na minha vida em Gre-nal no Beira-rio. Levada pela mão do meu pai. Achei aquilo tudo tão agitado naquela arquibancada. A torcida jogou algo que parecia um talco e papel picado, não vimos os minutos iniciais do jogo. Enquanto a nuvem baixava, ele apertava a minha mão. Lembro que meu pai não importava-se em me levar. Mulheres não frequentavam muito os estádios. Lembro que era nos anos 60. Ou foi 70? Não lembro do escore, acho que empatou. Quase recuei ao convite para ir ao estádio do co-irmão. Mas meu pai me falava em fé, em acreditar. Coisas que a vida me ensinava aos poucos. Uma vez, acho que foi o Tarciso que disse que estava cansado de perder pro Inter...e eu me energizava na tal fé e seguia em frente. De repente, ouvindo essa música que um pai fez para um filho, lembrei de tudo isso e achei que ela tinha sintonia com o esse domingo. Azul, vermelho pelo espelho, a vida vai passar...bem que o técnico poderia mexer nas peças certas do tabuleiro do jogo.
E assim virá a segunda-feira. A quarta, quando virão outros jogos. E o próximo final de semana. E os próximos grenais, de tantos que já passaram junto a minha fé.

Segue o blog...#felizdiadospais

3 de agosto de 2014