14 de setembro de 2013

Café, bombom e leitura

Aquele era o primeiro dia de férias. Como não viajaria, resolveu ler. Ler todos os livros, todas as listas de espera, toda a estante. Resolveu desarrumá-la. Reler algumas obras perdidas pelo caminho. Deparou-se com romance, best-sellers e outros tantos que ficaram no caminho da leitura. Queria ler muito Fernando Pessoa também. Passou a mão numa pequena caixa de bombons. Pequenos. Não sabia o porquê, mas aquele minúsculo bombom e uma xícara de café davam outro sabor ao livro. Ficou ali absorta. Na tarde só ouvia a trilha sonora dos pássaros no jardim, quando recebe uma mensagem. Um amigo lhe mandou uma música. Ela aproveitou e ouviu como música de fundo. O início da melodia, o toque, lembrava uma aula de dança. Não tentou traduzir a letra, fixou-se nas páginas que corriam soltas. Folheava cada uma, como um toque na tela do celular. E a música foi ouvida milhares de vezes. Será que o amigo queria dar algum recado, alguma mensagem através da letra? Ela não sabia. Não estava interessada mais naquele amor. A vida tentava desviar mais uma vez sua atenção. Mas ela queria dessa vez ler o livro até o final. Queria saber o fim da história. E a música, com seus internos significados, continuava a tocar.


 
 
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