21 de dezembro de 2011

O NOVO E O VELHO AMIGO SECRETO

Amigo secreto, oculto ou invisível. Pelo mundo espalham-se várias denominações e variantes, brincadeira que se popularizou em 1929, em plena depressão, com a falta de dinheiro para comprar presentes. Achou-se uma solução razoável, todos ganhariam pelo menos um pacotinho.
Conta-se a história de uma moça que apaixonou-se pelo colega de trabalho. Ele nem desconfiava. Na hora do sorteio do amigo secreto, quando o pote chegou até ela, foi uma tentação. Ela devolveu duas vezes os nomes retirados, alegando ser o dela. No terceiro, veio o nome do colega. Enfim na festa natalina ela compraria algo para ele.
Caminhou dias pela rua sem destino, olhando vitrines. Sabia seus gostos, qualidades, defeitos, tudo por pura observação. Na hora da festa colocou o presente numa caixa. Nada mais emocionante que abrir uma caixa, estas que estão na moda. Puxar o belo tope e abrir o pacote. Bem que poderia ser um livro, mas de dentro saiu algo inusitado. Todos olhavam. Ele suou nas mãos. Era um enfeite, um pote, tom vermelho, parecia enroscado, sem nexo. Aqueles presentes que a gente abre e delicadamente agradece, sem saber o que é. A colega sorria por dentro. Imaginava o enfeite na entrada da casa, onde ele, abrindo a porta todo dia, não a esqueceria. A imaginação voou bem longe.
O sentimento pode se manifestar de várias formas. Tudo isso faz parte do amor.
Hoje talvez ela não fizesse essa manobra toda, com a nova versão eletrônica do amigo secreto. As pessoas são cadastradas no sistema, o sorteio é automático, permitindo ainda deixar mensagens ao amigo online. Então ela poderia encontrar um novo amigo pelo caminho. Às vezes, o destino encarrega-se de direcionar outra pessoa. E a surpesa também faz parte de nossas vidas.


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