Ele caminha com pressa pela rua central da cidade de Porto Alegre. Quantas vezes havia passado naquelas mesmas vitrines, bares, pela livraria. O tempo corre contra ele. Sobe ao sétimo andar do prédio, esperando encontrar mais uma vez uma palavra de carinho. Enxerga a paisagem, sempre encantadora, poética, como todo sol que se põe. Impossível não se inspirar. Não dizer novas palavras. O amor está a sua espera. Ele acontece sempre por acaso. Nunca o controlaremos.
Ela abandona o iPhone. Levanta o olhar em direção à porta da cafeteria. Sempre escreve coisas enquanto o espera. Digita rápido no pequeno teclado. As palavras voam entre seus dedos. O tempo da demora corresponde ao número de palavras. Fica mais fácil escrever do que falar.
Ele a olha como da primeira vez. Como se tudo que passou fosse esquecimento. E nota um sorriso de boas vindas. Por dentro, sente um alívio. Carrega nas mãos uma caixa de bombons em formato de coração. Como se a caixa guardasse uma surpresa. Ou algo já tão velho, conhecido e doce como o amor.
Nada que não se possa brindar com duas xícaras de café.
Segue o blog...Feliz Páscoa!!!!!
Lindo! sabes que sou fã dos mini contos?...aliás também estou viciada nas trilhas.
ResponderExcluirBjos e ótimo final de semana.
Sílvia
Show!
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