14 de setembro de 2015

Momento translúcido na cafeteria


Ela caminha entre as folhas secas da calçada até à cafeteria.Tudo nublado em sua volta. A neblina toma conta da cidade de Porto Alegre naquela manhã. O colorido dos letreiros e o cheiro do café a atraem para a lancheria do posto. Tudo amanhece translúcido. Escolhe uma mesa bem no centro do espaço para lanches. Só queria tomar um café. O cheiro do pão de queijo invade o ambiente. Mais um aroma tentador. Mais um pedido para acompanhar o café. Ela olha para a paisagem lá fora. Parece cena de filme. De mistério. Quase um fog londrino na sua imaginação. Câmera. Claquete. Ação. Ali pode começar uma história de mistério ou de amor. De felicidade. Mas de felicidade da boa, não complicada. A vida é simples. Uma pessoa aproxima-se no cenário indefinido e entra na cafeteria. Quando o sol aos poucos ocupar seu lugar na manhã daquele dia qualquer, pode aparecer outra pessoa. E mais outra. O mundo está povoado de pessoas que não conhecemos. Todas entram na cafeteria, sentam para sorver o café e o pensamento voa longe, enquanto olham seus celulares. Cada um deve ter uma história, ainda não narrada e nem contada. 
Nesse momento o som do whatsapp acusa uma chamada. Ela observa a tela. Dá um toque de leve. Um diálogo. Um sorriso. Uma resposta. O momento se desconserta. E esquece por segundos do café...




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13 de setembro de 2015

Ainda o café...na minha paisagem

   

O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo
que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo,
saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga
que alguém pediu na mesa próxima.

(Mario Quintana)


E ainda...

O mar à beira do qual eu nasci,/ O mar que desde menino me pôs nas veias a inquietação”, ou “brinquei de pegador entre vagões das docas./ Os grãos de café, perdidos no lajedo/ eram pedrinhas que eu atirava noutros meninos...”
(Rui Ribeiro Couto)
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11 de setembro de 2015

Palavra da semana: dicionário de sexta


Não tenho escrito, mas não por preguiça, por falta de tempo mesmo. Aceleramos tudo. E o tempo vem junto. Ficamos pasmos como ele passa rápido. Aquela situação está novamente na nossa frente. De novo! Andamos tão focados e aparentemente distraídos, quando o tempo nos pega de surpresa. A falta que faz o tempo...

Para não perder mais tempo, vamos rechear o dicionário da preguiça. E decifrar uma palavra que apareceu em minha leitura no decorrer da semana: inopino.
Procurei o significado: é algo repentino, inesperado.
Exemplo: Ele estava andando na rua, quando de inopino roubaram-lhe todos seus pertences.
Como as informações que recebemos diariamente. Algumas são lançadas, emitidas de inopino e nos surpreendem. Como o tempo.


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